O diálogo do gnaoua com outras músicas, em Essaouira, é também pela paz

A derradeira noite do Festival Gnaoua et Musiques du Monde esteve perto de ser anulada, mas acabou por se manter. Três dias pautados pela mensagem de coexistência e paz. Dos BCUC a Zapatero.

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Concerto de abertura, com músicos de Marrocos, Costa do Marfim, Brasil e Espanha Karim Tibari
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Tudo muda num minuto. Falta pouco para as cinco e meia da tarde de sábado. No Instituto Francês de Essaouira, um terraço apinhado de gente segue atenta uma conversa entre músicos participantes no 25.º Festival Gnaoua et Musiques du Monde, integrados num programa chamado L’Arbre à Palabres. Falam sobre a música gnaoua, as suas histórias de relação com o festival, e estão munidos dos seus instrumentos para não deixar que o discurso se torne demasiado árido. Uma curta interrupção de uma representante do instituto faz saber que acaba de ser noticiada a morte da princesa Leila Latifa Amahzoune, mãe do rei Mohammed VI. O silêncio pesa perante a incerteza do que significa tamanho anúncio. “Podem falar, mas a música tem de terminar”, acrescenta.

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