Os Animais de Andreia Rodrigues: “Os criadores não são todos iguais”

Conhecê-los é conhecer a relação que têm com os animais. Roma, a cadela que tem energia para dar e vender, e Rio, o cão que adora mimos, são os animais da apresentadora.

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Andreia Rodrigues com os cães Rio e Roma (da esquerda para a direita) DR
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Roma chegou à família em 2017 DR
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Roma com Daniel Oliveira e a filha do casal DR
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Rio chegou em 2020 DR
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“Tenho dois cães, a Roma e o Rio. A Roma entrou na família em 2017, antes de sermos pais da Alice. Fomos buscá-la ao Algarve e não estava nas melhores condições, mas trouxe-nos imensas coisas boas. Na altura estávamos a passar por um processo complicado de perdas gestacionais e Roma foi o que me ajudou a canalizar a minha energia para algo diferente, no caso educá-la e treiná-la. Aprendi imenso sobre comportamento animal e passamos muito tempo juntas.

O Rio chega em 2020, quando eu estava grávida da Inês. Queríamos equilibrar a família e já que íamos ter mais uma criança, achamos por bem ter mais um patudo. São os primeiros animais de companhia da nossa família.

São cães muito diferentes: a Roma é muito activa, enérgica, inteligente e quando quer uma coisa vem pedir e não desiste. Também é verdade que tem menos paciência para crianças pequenas, mas é normal. Obviamente que ensinamos às nossas filhas a respeitar o espaço dos animais, mas é algo que leva algum tempo até conseguirem perceber.

O Rio ajuda a equilibrar a energia da Roma. É um cão com um temperamento maravilhoso, é mais tranquilo e as miúdas fazem o que querem dele. Adora estar deitado no chão ao pé delas. Levanta-nos a mão ou o braço para lhe darmos festas e não tem noção do peso que tem: são 37 kg no nosso colo. É muito especial.

Nunca destruíram nada em casa, porque comecei a treiná-los cedo. Procurei que os meus cães tivessem espaço para correr em ATL e creches caninas para chegarem a casa cansados e com energia mais baixa. Quando ficam em casa tento que estejam estimulados e sejam passeados. Gostamos de os levar para florestas e espaços verdes onde possam correr. Ou então para a praia, quando é possível, porque a Roma adora água. O Rio prefere correr atrás de bolas e paus.

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A cadela Roma adora ir à praia DR

Sobre os direitos dos animais? Acho que é um tema que nos faria falar imenso. Eu tenho dois cães de raça e um deles não estava bem quando a fui buscar. O Rio vem de um criador. Acho que é importante percebermos que os criadores não são todos iguais. Há aqueles que são desumanos e utilizam os animais para procriar sem os respeitar, que não os têm nas melhores condições e depois os vendem. E depois há pessoas boas que criam os animais respeitando-os e tratam deles como família.

Neste sentido, começaria por criar leis apertadas para quem cria animais. Não deixar que sejam vendidos em sites e penalizações para quem o fizer. Assim começaríamos a reduzir a quantidade de animais de raça que são, muitas vezes, portadores de doenças gravíssimas que os penalizam a eles e à família que os acolhe.

Também é importante percebermos que nem todas as associações de animais são boas. Também existem as que os resgatam, usam a bandeira de protecção animal e que depois não lhes dão boas condições e se aproveitam dos donativos para fins não ligados à causa. Sou 100% a favor da adopção. Aliás, as minhas filhas querem gatos e já falei com a SOS Animal. Mas mesmo neste processo, as pessoas têm que perceber que nem todos os animais, especialmente os que têm traumas, servem para todas as famílias. Adoptar devia ser altamente rigoroso.

As pessoas têm que ter noção que estão a receber um animal para cuidar. Vai precisar de ir ao veterinário, de alguém que fique com ele se a família for de férias e não o levar. Também não nos podemos esquecer que os cães ladram. É a forma de comunicarem, é assim que chamam a atenção, que afastam um animal ou que reclamam. Ter um animal é poder proporcionar-lhe boas condições, boas rações. É mais um ser que precisa do nosso tempo, dedicação e energia.

Se não temos essas condições mais vale é não irmos buscar nenhum. O pior que podemos fazer é termos um animal e não o tratarmos como merece. Mesmo quando estamos a ter um dia mau ele vai estar sempre lá para nós com a mesma energia e amor e merece o mesmo. Ter um animal é um amor incondicional.”

Depoimento construído a partir de entrevista

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