O último animal
Entreguei o saco com alimentos às criancinhas sem fome para as famílias com fome. Fi-lo a contragosto, convicto de que o meu gesto caridoso alimenta apenas a lógica que perpetua a fome.
No primeiro domingo deste mês, fui a um lugar de peregrinação onde a mercadoria se transfigura em objecto feérico, muito especialmente na quadra do Natal: um hipermercado dentro de um hipercentro comercial, numa hiperpovoada hiperperiferia.
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