Archewell de Harry e Meghan Markle supera expectativas graças a doação milionária

Fundação justificou os quatro milhões de dólares que não estariam listados na declaração de 2022 com uma doação afecta ao exercício do ano seguinte.

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Tanto Harry como Meghan dedicam uma hora por semana à fundação, não recebendo qualquer remuneração por isso PIROSCHKA VAN DE WOUW/REUTERS
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Depois de terem sido intimados, em Maio, a não usar a Fundação Archewell, nem para angariação de fundos, nem como meio de investimento, já que o organismo se encontrava em situação de incumprimento junto do Registo de Instituições de Caridade e Angariação de Fundos da Califórnia, os duques de Sussex tornaram público o relatório de contas de 2023, que demonstra saúde financeira.

De acordo com os documentos, a Fundação Archewell, liderada pelo príncipe Harry e a mulher, a ex-actriz Meghan Markle, arrecadou 5,3 milhões de dólares (pouco mais de cinco milhões de euros), cerca de três vezes mais face ao ano anterior, como o The Telegraph já tinha previsto há um ano. Dentro daquele valor estão os quatro milhões de dólares (3,8 milhões de euros) que os duques foram acusados de ocultar na declaração de 2022.

No entanto, a Archewell esclarece, citada pela revista People, que “todos os fundos foram devidamente contabilizados e essa soma está reflectida na declaração de impostos actual para o ano fiscal de 2023”. Segundo avança a mesma publicação, cinco milhões de dólares (4,7 milhões de euros) foram cedidos por um único doador, cuja identidade não foi revelada, enquanto cinco outras pessoas contribuíram com 335 mil dólares. Estes valores somados a rendimentos resultantes de investimentos totalizam uma receita de 5,7 milhões de dólares (5,4 milhões de euros).

Na coluna das despesas surgem itens como os salários, no valor de 997.285 dólares (945.742€), e um pouco mais de um milhão em despesas gerais, nomeadamente honorários legais, custos de eventos e deslocações ou iniciativas públicas, como o evento do Dia Mundial da Saúde Mental, que organizaram, no ano passado, em Nova Iorque.

A Archewell atribuiu 1,3 milhões de dólares (1,23 milhões de euros) a causas de beneficência, nomeadamente 250 mil dólares (237 mil euros) para o Women’s Wellness (Spa)ce, um centro de bem-estar para mulheres no Norte da Filadélfia, voltado para o trauma, de Ashley Biden, filha do ainda Presidente norte-americano; 130 mil dólares (123 mil euros) para a Humanity Crew, uma organização de saúde mental dedicada à prevenção de traumas entre crianças deslocadas; 80 mil dólares (75.868€) para apoiar serviços de saúde mental para trabalhadores humanitários na Turquia e na Síria e 50 mil dólares (47.418€) para apoio de saúde mental a trabalhadores humanitários em Israel e Gaza.

Outra organização beneficiada foi a The Markup, com 90 mil dólares (85.338€), que se dedica ao jornalismo ao mesmo tempo que educa o público sobre como identificar notícias falsas ou elaboradas com o intuito de manipular, mas também a NAACP - Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, com 125 mil dólares (118.525€), para apoiar iniciativas digitais de direitos civis.

A Fundação Archewell é a organização sem fins lucrativos criada pelo príncipe Harry, 40 anos, e Meghan, 43 anos, após seu afastamento dos papéis reais em 2020. “A nossa missão é simples: aparecer, fazer o bem. Encontramos o momento aparecendo, agindo e usando nosso holofote incomparável para elevar e unir comunidades — locais e globais — por meio de actos de serviço e compaixão”, lê-se no site. Segundo o relatório, tanto Harry como Meghan dedicam uma hora por semana à fundação, não recebendo qualquer remuneração por isso.

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