Bove impedido de jogar em Itália se aceitar implante de desfibrilhador
Normas médico-desportivas da Série A, em Itália, não permitem que atletas compitam com implante de desfibrilhador. Mudança do jogador para outro campeonato pode avistar-se, caso aceite implante.
O futebolista da Fiorentina Edoardo Bove ficará impedido de continuar a carreira em Itália se aceitar a implantação de um desfibrilhador, devido às normas federativas que proíbem que se jogue com estes dispositivos cardíacos, noticia esta quinta-feira, 5 de Dezembro, a imprensa italiana.
Desde a sua hospitalização, após uma paragem cardiorrespiratória no jogo frente ao Inter Milão no passado domingo, já foram feitas duas ressonâncias magnéticas ao coração do médio, nas quais se descobriu uma pequena cicatriz, avança a Gazzetta dello Sport.
Os médicos cardiologistas que estão a acompanhar o atleta estão a explorar o código genético, de modo a esclarecer o motivo do incidente, e também o historial do jogador, que já teve situações semelhantes no passado — em 2020, Bove teve uma miocardite, da qual tinha recuperado com cortisona e repouso.
Devido a isto, a continuação da carreira do italiano de 22 anos está em risco na Serie A, pois as normas médico-desportivas em Itália não permitem que um atleta compita com um desfibrilador subcutâneo implantado.
O caso de Bove é semelhante ao de Christian Eriksen. Durante o Campeonato da Europa de 2020, o então jogador do Inter também havia sofrido uma paragem cardiorrespiratória, que levou ao implante de um dispositivo cardíaco. Esta intervenção impediu o médio dinamarquês de continuar a carreira em Itália, rumando na altura ao Brentford, equipa da Premier League, estando agora no Manchester United.
Esta regra médica não se aplica noutros campeonatos, prevendo-se, por isso, caso aceite o implante do desfibrilhador, uma mudança de Edoardo Bove para outro campeonato.
O jogador encontra-se estável, de momento, e teve direito a uma homenagem da equipa no último jogo da Fiorentina para a Taça de Itália, frente ao Empoli.