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Brasil propõe acordo com a Galp para ampliar mercado de biocombustíveis
Proposta envolveu o ministro brasileiro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e o presidente da Galp, Filipe Silva, em Lisboa. Acordo deve incluir biocombustíveis na matriz energética portuguesa.
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O governo brasileiro, por meio do Ministério de Minas e Energia, anunciou a intenção de estreitar laços com a empresa portuguesa Galp para fomentar o mercado de biocombustíveis no país europeu. Durante visita a Portugal, o ministro Alexandre Silveira reuniu-se com o presidente global da Galp, Filipe Silva, para discutir uma parceria estratégica que alinha os esforços de transição energética das duas nações. As informações foram divulgadas pela assessoria de imprensa do ministério.
No encontro, o ministro destacou a importância da colaboração entre Brasil e Portugal na promoção de biocombustíveis como etanol, biodiesel e combustível sustentável de aviação (SAF). "Essa visita é um passo fundamental para aproximarmos o Brasil de investidores internacionais comprometidos com a sustentabilidade e com a inovação. A Galp tem um portfólio robusto e sabemos que suas tecnologias podem ser um diferencial para avançarmos as metas ambientais", afirmou Silveira, em comunicado oficial.
A proposta apresentada inclui a participação da Galp na incorporação dos biocombustíveis brasileiros à matriz energética portuguesa, atendendo às metas de descarbonização estabelecidas pela União Europeia. A Galp, que já é uma importante parceira da Petrobras, com participação no campo petrolífero de Tupi, na Bacia de Santos, foi convidada a expandir sua atuação no mercado de energia limpa.
Transição energética
Silveira ressaltou, ainda, que a parceria com a Galp pode abrir portas para projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, explorando a inovação em biocombustíveis avançados e soluções para a redução de emissões de carbono. “Portugal tem sido um modelo em energia renovável, e acreditamos que a troca de expertise entre nossos países será essencial para enfrentar os desafios climáticos globais,” destacou o ministro.
O ministro também aproveitou a ocasião para reforçar a necessidade de apoio ao acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, cuja conclusão é prevista ainda para este ano. Segundo Silveira, o tratado será essencial para alavancar investimentos em energia renovável, fortalecer a integração econômica e acelerar a transição energética global. "Não existem barreiras para o CO2. O acordo Mercosul-UE é essencial para garantirmos os investimentos na nova economia, a economia verde, salvaguardando o planeta", frisou.