Sondagem: num cenário de novas eleições, quase nada mudaria no Parlamento
Se os portugueses fossem chamados às urnas ao fim destes oito meses de governação da Aliança Democrática, quase nada mudaria no Parlamento. Aliança Democrática e PS continuam taco a taco.
Empate técnico. Tanto a Aliança Democrática (AD) como o PS poderiam vencer umas eleições legislativas se os portugueses fossem novamente chamados às urnas. Já a taxa de abstenção seria a mais baixa desde 1983: 21,6%.
Uma sondagem da Aximage para o Diário de Notícias indica que a AD de Luís Montenegro e Nuno Melo garantem 29,8% das intenções de voto. Uma ligeira subida face ao resultado obtido nas eleições de 10 de Março (28,8%), mas uma descida em relação aos dados indicados no barómetro da Aximage de Outubro (32,1%).
O PS, liderado por Pedro Nuno Santos, e que conseguiu 28% dos votos nas últimas legislativas, obtém agora 28,6% das intenções de voto (mantendo o resultado registado em Outubro).
O partido de André Ventura consegue 18,2% nesta sondagem, em linha com o resultado alcançado nas legislativas antecipadas de Março (18,1%). O Chega recupera face aos 15,1% obtidos no último estudo de opinião da Aximage. A Iniciativa Liberal (IL) regista 6,8%.
Seguem-se o Livre, com 4,1% (foram 3,2% nas eleições de 10 de Março), e o BE (4%). PCP e PAN não vão além dos 2,6% 2,4%, respectivamente.
Assim, AD, PS e Chega conseguiriam resultados próximos daquilo que registaram nas últimas legislativas, com a aliança PSD/CDS-PP a repetir uma vitória tangencial, ficando apenas cerca de um ponto percentual à frente dos socialistas. Em conjunto, AD e IL (36,6%) ficariam longe da maioria absoluta, tal como aconteceria a uma hipotética soma de PS, Livre, BE e PCP (39,3%).
Com uma margem de erro de 3,5%, para a sondagem publicada esta segunda-feira foram entrevistadas 802 pessoas entre os dias 13 e 19 de Novembro de 2024.