Polícia identifica os nove métodos de burla por telefone mais utilizados para enganar a população

Estes nove métodos têm sido os mais utilizados na concretização de burlas por telefone.

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A PSP alerta a população para não fornecer dados pessoais considerados intransmissíveis Manuel Roberto
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Quais são os nove métodos mais utilizados de burla por telefone? A PSP relembra este domingo as burlas mais comuns, em comunicado, para alertar a população para a ocorrência deste tipo de crime.

De acordo com a Polícia de Segurança Pública, "foram identificados nove métodos diferentes, que têm sido os mais utilizados na concretização desta prática criminal, e que correspondem a burlas, única e exclusivamente, praticadas através de telefone".

Burla "Olá pai, Olá mãe"

Quando o criminoso se faz "passar por familiar [normalmente filho], por mensagem via WhatsApp, solicita pagamento para arranjar o telemóvel partido, para comprar um novo ou simplesmente para pagar uma suposta despesa inopinada e urgente".

Burla de falso arrendamento

Perante um anúncio, a um preço bastante mais atractivo do que o habitual no mercado, é solicitado à vítima o pagamento do "sinal" do arrendamento fictício.

Pagamento por MB Way

Segundo a PSP, o pagamento pelo sistema MB Way também é utilizado em burlas, que normalmente são desencadeadas após um anúncio na internet de venda de um artigo, em que o burlão solicita que o pagamento seja efectuado por MB Way, dando ele próprio as instruções para o efeito, levando a vítima a fornecer os códigos de acesso ao levantamento num ATM da quantia estabelecida no negócio.

Ofertas de emprego

Uma oferta de emprego ou trabalho numa empresa conceituada, com ordenado atraente, é oferecido à vítima, mas trata-se de outra burla. Os burlões pedem uma espécie de "sinal" à vítima para despesas variadas.

Falso empréstimo

É uma das burlas mais utilizadas, nomeadamente quando o burlão pede a documentação da vítima e solicita também uma quantia de dinheiro para pagar taxas e concluir o processo.

Compra/venda de carros

Ocorre quando o burlão coloca um anúncio em plataformas de compra e venda de viaturas "online", a um preço bastante mais atractivo que o habitual no mercado, e o criminoso pede dinheiro à vitima para o transporte do automóvel ou outras despesas. O burlão pode clonar uma viatura e oferecê-la em várias plataformas da internet.

Fazer-se passar por uma autoridade

Outra burla ocorre quando o criminoso se apresenta como funcionário de uma instituição credenciada [PSP, GNR, ASAE, PJ, AT, Segurança Social], fazendo-o através de um contacto telefónico, um site falso, um e-mail ou uma mensagem escrita, indicando que a vítima tem coimas ou outras pendências por regularizar.

Falso SMS de dívida

É pedido à vítima para efectuar o pagamento de um serviço — na mensagem já são indicadas a referência e entidade — sob pena de vê-lo cortado.

Falso CEO

Consiste num contacto no qual o burlão se faz passar por um responsável de uma empresa ou organização, solicitando a um funcionário dessa mesma empresa ou organização que proceda a um pagamento, ao envio de algum tipo de informação sensível, ou a alteração de dados bancários.

Conselhos

A PSP alerta a população para não fornecer dados pessoais considerados intransmissíveis e suspeitar sempre de quaisquer solicitações que tenham urgência, pressionando a um pagamento/transferência imediato.

As pessoas devem evitar fazer qualquer transferência monetária, principalmente para o nome de outra pessoa que não daquela com quem se está a estabelecer o negócio e suspeitar de qualquer transacção aparentemente bastante rentável e vantajosa, segundo a PSP.

A população não deve efectuar quaisquer acções em aplicações que permitam a transferência de dinheiro se não se sentir familiarizado com o seu funcionamento e os procedimentos a adoptar, indica a PSP, sublinhando que se deve ter cuidado no caso de um contacto de um número desconhecido, identificando-se como familiar ou amigo, devendo colocar-lhe questões que apenas o próprio soubesse responder.