O cronista ataca, entre outras, a Adega Cooperativa de Alijó, enquanto origem de todos os males do setor e da região, atitude escrita que, violando grosseiramente o bom nome e reputação da entidade cooperativa, importa desmistificar. Assim,

1. se os 100 milhões se destinam a pagar os valores por liquidar da campanha anterior, não beneficiará a Adega Cooperativa de Alijó, porquanto esta não tem dívidas;

2. alegando o cronista que o rebusco da campanha de 2024 vai ser generoso, “porque habituais operadores não foram às compras nesta vindima, deixando centenas de fornecedores habituais pendurados”, pergunta-se: se a Adega Cooperativa de Alijó estivesse encerrada como advoga, que fariam as centenas de pequenos viticultores?

3. é que a Cooperativa rececionou centenas de toneladas de uvas dos seus cooperantes e, caso não se mantivesse aberta, aqueles engrossariam o “generoso” rebusco!

O cronista evidencia uma visão do Douro em que todos os pequenos devem morrer para que os produtores do Douro, entre os quais se inclui, possam vender caro e sem concorrência.

Teve o cronista espaço intelectual para aquilatar do efeito social e económico na região caso os pequenos viticultores abandonassem a produção?

Obviamente que tal não é preocupação do cronista viticultor, mas esta deve ser prioritária preocupação dos autarcas locais, sensibilizados com o impacto que a baixa de rendimentos dos seus munícipes viticultores e a consequente desertificação da região provocam.

Damos ao cronista o benefício da dúvida que a sua soberba intelectual e o tempo passado com maus/interesseiros informadores provocam na sua análise; porém, e no futuro, a busca da verdade enquanto garante da boa divulgação dos factos deve ser prosseguida a bem de uma informação qualificada.

José Canelas, Presidente do Conselho de Administração da Adega Cooperativa de Alijó