Olhos fechados, costas direitas, braços em cima das secretárias e cabeça erguida. “Imaginem que estão a segurar uma laranja debaixo do queixo”, explica a psicóloga Alexandra Gomes, antes de desligar as luzes da sala e colocar a música a tocar. Ainda que um ou outro aluno vá abrindo, de forma fugaz, os olhos, a turma vai seguindo as orientações para inspirar e expirar e, depois, “viajar” por um jardim repleto de flores, pássaros, rãs e outras maravilhas da natureza. Naquela que poderia ser uma manhã de aulas igual a tantas outras, os alunos do 4.º ano do Centro Escolar de Angeja, em Albergaria-a-Velha, voltavam a ter a oportunidade de começar o dia com uma sessão de meditação, seguida de um conjunto de exercícios físicos com impacto neurológico. “Primeiro, fazemos uma massagem nas orelhas”, indicava a psicóloga, antes de os desafiar a também levantar os joelhos, de forma alternada, e a desenhar, com o braço no ar e o dedo a apontar, o símbolo do infinito. “São exercícios que ajudam o nosso cérebro a trabalhar e a ficarmos mais atentos”, acrescentava Alexandra Gomes, antes de se mostrar convicta de que “hoje a professora vai ser uma privilegiada, pois vão estar todos muito mais atentos”.
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