Universidade do Porto distingue Gonçalo Byrne com doutoramento honoris causa

A cerimónia vai decorrer na quarta-feira no auditório da Faculdade de Arquitectura do Porto.

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O arquitecto Gonçalo Byrne em 2023 Nuno Ferreira Santos
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A Universidade do Porto vai atribuir o título de doutor honoris causa a Gonçalo Byrne, 50 anos depois de este arquitecto ter assinado o primeiro projecto, o Conjunto Residencial Pantera Cor-de-Rosa em Chelas, Lisboa.

A proposta foi apresentada pela Faculdade de Arquitectura do Porto (FAUP), onde decorrerá, na quarta-feira, no Auditório Fernando Távora, a cerimónia de imposição das insígnias.

Diplomado pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1968, Gonçalo Byrne é autor de "uma extensa obra arquitectónica, reconhecida nacional e internacionalmente", refere a Universidade do Porto.

Entre as suas obras mais emblemáticas contam-se a requalificação da sede do Banco de Portugal (com Falcão de Campos), em Lisboa, a requalificação do Teatro Thalia (com Patrícia Barbas e Diogo Lopes), também na capital, a remodelação do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, a requalificação do Castelo de Trancoso, o projecto do edifício-sede do Governo da Província de Vlaams-Brabant, em Lovaina, na Bélgica, a Reitoria da Universidade de Aveiro ou a Torre de Controlo de Tráfego Marítimo da barra do rio Tejo.

Para além da "extensa obra arquitectónica", a atribuição do doutoramento honoris causa pela Universidade do Porto é justificada pela carreira docente desenvolvida por Gonçalo Byrne desde a década de 1980, bem como pela sua acção enquanto presidente da Ordem dos Arquitectos.

Na cerimónia, o elogio do distinguido será feito pelo professor da FAUP Luís Soares Carneiro, sendo o doutoramento apadrinhado pelo professor emérito Domingos Tavares.

Considerado um dos mais importantes arquitectos portugueses do último meio século, Gonçalo Byrne venceu por duas vezes o Prémio Valmor e o Prémio Nacional de Arquitectura, tendo também sido distinguido com a Medalha de Ouro da Academia de Arquitectura de França e como Grande-Oficial das ordens do Infante D. Henrique e de Sant'Iago.

Em comunicado, a Universidade do Porto acrescenta que a sua obra foi objecto de exposições em Bruxelas, Buenos Aires, Milão, Nova Iorque, Paris, Rio de Janeiro, São Paulo ou Veneza, entre outras.

Gonçalo Byrne será o 105.º doutor honoris causa da universidade desde que o veterano da I Guerra Mundial Joseph Joffre recebeu esta distinção em 1921.