Portugal encara Croácia com estreia precoce e novas opções em perspectiva

Quenda poderá ir a jogo e bater recorde na selecção A, mas há via verde para outras acelerações. Croatas ainda lutam pelo apuramento na Liga das Nações.

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Treino da selecção portuguesa em Split, neste domingo Antonio Bronic / REUTERS
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O apuramento para os quartos-de-final da Liga das Nações já está garantido e o primeiro lugar do grupo A1 também, o que confere a Portugal total liberdade para o embate de segunda-feira, em Split (19h45, RTP), na última jornada desta fase. Roberto Martínez, o seleccionador, já fez ajustes na convocatória e irá seguramente fazer outros no “onze” inicial que irá medir forças com uma Croácia ainda a esbracejar para conseguir um lugar no sorteio de sexta-feira.

Potenciais sub-histórias dentro da história principal que é o jogo: a possível estreia de Geovany Quenda na selecção A, que fará dele o mais jovem jogador português a representar Portugal (superando Paulo Futre); a titularidade concedida a Samu Costa, um médio canhoto que teve direito a um par de minutos diante da Polónia e que poderá beneficiar das ausências de Bruno Fernandes e de Bernardo Silva; a eventualidade de Fábio Silva servir de referência ofensiva, senão numa primeira aposta, mais tarde, a partir do banco.

São vários os cenários em aberto, potenciados pela decisão de Roberto Martínez de dispensar Cristiano Ronaldo, Pedro Neto e Bernardo Silva, depois de assegurado o objectivo mínimo, com a goleada sobre a Polónia (5-1). Nesse sentido, este último capítulo da fase de grupos é uma oportunidade para ver em competição jogadores que já têm tido protagonismo nos treinos.

“Acredito muito nos jogadores. O Fábio Silva, que chamámos dos sub-21, teve dois treinos no começo do estágio e está preparado. O Quenda também já teve a experiência de outro estágio. Não vai ser uma equipa nova, vai ser uma equipa com menos experiência mas muito talento”, promete o seleccionador, sem confirmar a titularidade de nenhum dos “candidatos”.

Ainda assim, aceitou debruçar-se sobre aquilo que o ala/lateral do Sporting poderá oferecer a uma equipa que conta com várias soluções para os corredores exteriores. “Encaixa na ala direita. Já trabalhámos no estágio de Setembro e é essa a posição onde vai trabalhar. É uma posição que conhece bem. É polivalente. É um jogador com magia, tem um futuro espectacular”.

“Mostrar foco” sem bola

O fundamental, para Roberto Martínez, é ter um leque tão alargado quanto possível de jogadores que dominem os conceitos que sustentam a forma de jogar de Portugal, criando, simultaneamente, competição férrea dentro do grupo pelas diferentes posições.

Em termos de qualidade individual, não há dúvidas na cabeça do seleccionador sobre a resposta que qualquer um dos atletas pode dar. Colectivamente, é preciso confirmar como se comportam, especialmente sem bola: “Não há dúvidas do que podemos fazer com bola. Os nossos jogadores têm um talento que pode fazer exactamente o que os mais experientes podem fazer. Mas sem bola, é preciso mostrar foco, estrutura e defender bem”.

Até porque, em condições normais, a Croácia será sempre um adversário capaz de reter mais a bola, de criar mais problemas em posse a Portugal do que a Polónia e a Escócia. Mesmo sem poder contar com o médio Petar Sucic, que viu um cartão vermelho na recente derrota diante da Escócia (1-0).

“Esperamos uma equipa que quer ter a bola, com muita personalidade. Uma equipa que não se importa de correr riscos, de defender no um para um. Vamos ver duas equipas que querem a mesma coisa, que vão lutar pela bola e pela posição em campo”, prevê Martínez.

No fundo, a Croácia também quer apurar-se para os quartos-de-final, missão que se complicou em Glasgow. Um ponto bastará aos croatas para assegurarem o segundo lugar do grupo e chegarem ao sorteio como não cabeças-de-série, mas até uma derrota pode servir, se a Escócia não vencer a Polónia. Passe quem passar, já sabe que não defrontará Portugal na próxima fase, condicionalismo habitual nestas lides.

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