Volume de negócios da Sonae aumentou 15% até Setembro

Retalho e consolidação da nórdica Musti e da espanhola Druni elevaram vendas para sete mil milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano.

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Novos negócios impulsionam vendas do grupo liderado por Cláudia Azevedo Anna Costa
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O volume de negócios consolidado da Sonae nos primeiros nove meses do ano aumentou 15%, para sete mil milhões de euros, um desempenho “impulsionado pelo crescimento dos negócios de retalho, que reforçaram as suas posições de liderança, e pela inclusão no portefólio da nórdica Musti e espanhola Druni”, anunciou esta quarta-feira a empresa (proprietária do PÚBLICO) ao mercado.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por Cláudia Azevedo dá conta que os lucros antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA, na sigla em inglês) aumentaram 22%, para 706 milhões de euros, com um contributo positivo também do negócio das telecomunicações (centrado na Nos).

O resultado directo atingiu os 201 milhões de euros, um crescimento de 20% em termos homólogos, e o líquido atribuível aos accionistas cresceu 11%, para 149 milhões de euros, “reflectindo a robusta performance operacional dos negócios, os fortes investimentos realizados e o crescente reforço da internacionalização”.

“A Sonae continua a demonstrar um crescimento robusto em todos os negócios do grupo. Fortalecemos as nossas posições competitivas nos principais mercados em que actuamos, acelerando a nossa evolução digital e fazendo progressos constantes nos nossos compromissos ESG [práticas ambientais, sociais e de boa governança das empresas]”, refere Cláudia Azevedo, presidente executiva do grupo, citada no comunicado.

O investimento do grupo nos últimos 12 meses ascendeu a um recorde de 1,6 mil milhões de euros, em expansão orgânica dos negócios e nas recentes aquisições estratégicas, destaca o grupo.

Relativamente à internacionalização, a Sonae destaca a combinação “da Druni e Arenal, tornando a MC líder no mercado ibérico de saúde, beleza e bem-estar”, a que também se junta a aquisição da Musti, “empresa líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, e a aquisição de uma participação de 89,1% na BCF Life Sciences, empresa francesa de ingredientes para a indústria da nutrição”. Neste domínio, mas já em Outubro, a Musti celebrou um acordo de aquisição da empresa de lojas de produtos para animais e clínicas veterinárias Pet City, apresentada como “uma referência no seu sector nos países bálticos, com operações na Estónia, Letónia e Lituânia”.

Por áreas de negócio, as vendas da MC, onde se inclui o retalho alimentar, mas também o segmento de saúde, beleza e bem-estar (SBB) atingiu os 5384 milhões de euros nos primeiros nove meses, um crescimento de 7,3% numa base comparável. A área SBB “supera 770 locais em toda a Península Ibérica”, refere o comunicado.

O segundo maior negócio, no retalho de electrónica, as vendas da Worten atingiram 942 milhões de euros, um aumento de 7% em termos homólogos, “impulsionado principalmente pelo forte dinamismo no canal online, onde as vendas subiram 18% no terceiro trimestre e 15% no conjunto dos nove meses, representando agora cerca de 16% do total de vendas”. Neste domínio, “a iServices manteve a sua trajectória de expansão e crescimento, com a abertura de 25 novas lojas desde o início do ano, 16 das quais fora de Portugal, terminando o trimestre com 80 lojas em Portugal, Espanha (Ilhas Canárias), França e Bélgica”.

Nos cuidados para animais, as vendas da Musti cresceram 1%, para 112 milhões de euros, referentes apenas ao terceiro trimestre. “Apesar do contexto macroeconómico desafiante nos países nórdicos, o EBITDA ajustado atingiu 16,5 milhões de euros representando uma margem de 14,8%”, lê-se no comunicado.

No sector imobiliário, e no período de Janeiro a Setembro, a Sierra apresentou um resultado líquido de 65 milhões de euros (mais 19,8% em termos homólogos), “impulsionado principalmente pelo sólido dinamismo no portefólio europeu de centros comerciais, melhores resultados nas vendas de propriedades e avaliações mais favoráveis ao nível do resultado indirecto”.

E nas telecomunicações, a Nos aumentou a sua quota de mercado, com receitas consolidadas a crescer 6,1% em termos homólogos, e um crescimento de 6,3% do EBITDA consolidado, atingindo os 213 milhões de euros, "com uma margem de 49,2% (+0,1 pontos percentuais, em termos homólogos)". Para as contas consolidadas da Sonae, os resultados pelo método de equivalência patrimonial da Nos atingiram 70,9 milhões de euros nos três trimestres.

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