Volume de negócios da Sonae supera quatro mil milhões no primeiro semestre

Novas aquisições, retalho alimentar e telecomunicações geram crescimento de 18% do EBITDA, para 410 milhões de euros.

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Cláudia Azevedo, presidente executiva da Sonae, destaca desempenhos "notáveis" dos negócios Anna Costa
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Os principais negócios da Sonae “continuaram a apresentar desempenhos notáveis”. É desta forma que a presidente executiva da Sonae, Cláudia Azevedo, se refere aos resultados alcançados nos primeiros seis meses do corrente ano, período em que o volume de negócios consolidado aumentou 11%, ou mais 436 milhões de euros, para 4,3 mil milhões de euros, face ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a informação divulgada nesta terça-feira pelo grupo (proprietário do PÚBLICO), o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) “melhorou 18%”, para 410 milhões de euros, “impulsionado pelo crescimento da MC e da Worten, que reforçaram as suas posições de liderança no mercado português, e pela integração da Musti”.

A margem EBITDA fixou-se em 9,6%, mais 0,6 pontos percentuais comparativamente ao primeiro semestre de 2023, tendo atingido os 10,5% no segundo trimestre do corrente ano.

O resultado líquido atribuível aos accionistas atingiu 75 milhões de euros, mais 14% do que em período homólogo, “devido à sólida performance operacional”, refere o comunicado. O resultado líquido total atingiu 101 milhões de euros (+16,1%), penalizado em 26 milhões por "interesses sem controlo".

Num período marcado por aquisições fora de Portugal, numa estratégia de diversificação de negócios e reforço na internacionalização, o grupo liderado por Cláudia Azevedo destaca o investimento de 1,3 milhões de euros realizado nos últimos 12 meses, "tendo triplicado no semestre para um valor recorde de 966 milhões de euros. Neste investimento está a conclusão da aquisição da Musti, “assumindo o controlo da empresa líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, e a aquisição de uma participação de 89,1% na BCF Life Sciences, empresa francesa de ingredientes para a indústria da nutrição”.​

Por segmentos de negócio, é destacado o desempenho da MC, que “continuou a enfrentar um ambiente competitivo forte e exigente no sector alimentar português”, com um crescimento de 7,8% no volume negócios, em termos homólogos, para 3,3 mil milhões de euros, um ganho “impulsionado pelo melhor desempenho do segmento alimentar e do segmento saúde, bem-estar e beleza (SBB)”.

De acordo com a informação divulgada, a rentabilidade da MC “manteve um perfil consistente nos últimos trimestres com a implementação de medidas de controlo de custos eficientes e com um EBITDA subjacente de 305 milhões de euros, mais 26 milhões de euros em termos homólogos, e com uma margem de 9,3% (+0,1 pontos percentuais em termos homólogos)”.

O segundo maior contributo para volume de negócios veio da Worten, que “continuou a enfrentar um mercado bastante competitivo, mas reforçou a sua posição de liderança quer offline quer online”, com 593 milhões de euros, mais 6,5% do que em período homólogo. As vendas online desta retalhista de electrónica aumentaram 14%, atingindo 17% do volume de negócios total.

No segmento imobiliário, a Sierra registou um crescimento de 17,2% no resultado líquido, para 45 milhões de euros, “impulsionado sobretudo pelo impacto da melhoria das avaliações ao nível do resultado indirecto, sendo o contributo para o EBITDA da Sonae de 26 milhões de euros”.

Ainda neste domínio é destacado o desempenho da iServices, que continua “a apostar na sua expansão internacional, nomeadamente em Espanha, França e Bélgica, tendo aberto um total de 16 novas lojas no período, das quais dez fora de Portugal”.

No segmento imobiliário, a Sierra registou um crescimento de 17,2% no resultado líquido, para 45 milhões de euros, “impulsionado sobretudo pelo impacto da melhoria das avaliações ao nível do resultado indirecto, sendo o contributo para o EBITDA da Sonae de 26 milhões de euros”.

As contas consolidadas da Sonae contaram ainda com a contribuição, pelo método de equivalência patrimonial, de 53 milhões de euros da Nos, “impulsionada pela melhoria do desempenho operacional e pela mais-valia de 31 milhões de euros relativa à venda de outro conjunto de torres à Cellnex”. A Nos também pagou, em Maio, 0,35 euros por acção de dividendos relativos aos resultados de 2023, totalizando um pagamento de 67 milhões de euros à Sonaecom”.

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