Euribor a 12 meses caiu abaixo de 2,5%, mínimo de dois anos

As taxas utilizadas no crédito à habitação continuam a registar mínimos, com o prazo de três meses a encostar aos 3%.

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Encargos com os empréstimos à habitação associados às Euribor vão continuar a cair Manuel Roberto
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As taxas Euribor, as mais utilizadas no conjunto da carteira de crédito à habitação, continuam em queda mais acelerada do que se esperava há poucos meses. A Euribor a 12 meses, a que se encontra num patamar mais baixo, quebrou a barreira dos 2,5%, ao fixar-se em 2,495%, menos 0,007 pontos do que na sessão anterior.

O valor desta quarta-feira corresponde ao valor mais baixo desde 6 de Outubro de 2022, e a uma queda de 1,733 pontos percentuais face ao valor mais alto registado por esta taxa no ano passado, a 29 de Setembro, quando atingiu os 4,228%.

Também as Euribor a três e a seis meses continuam e registar descidas consideráveis, com o prazo mais curto ainda acima dos 3%, mas também cada vez mais perto de quebrar esta barreira.

A taxa a três recuou para 3,023%, mínimo desde Março de 2023.

A de seis meses, actualmente a taxa que está presente em maior número de empréstimos, cerca de 37%, e a que está a ser mais utilizada em novos contratos com taxas de juro variáveis, caiu para 2,779%, menos 0,018 pontos e um novo mínimo desde 5 de Janeiro de 2023. Também esta taxa chegou a situar-se acima dos 4% há cerca de um ano.

A queda das Euribor traz boas notícias para as famílias com contratos de crédito associados a estas taxas variáveis, traduzindo-se em reduções das prestações, à medida que os contratos são revistos. Essa revisão ocorre a cada três, seis ou 12 meses, confirme o prazo da taxa utilizada.

A revisão dos contratos é feita com as médias mensais de cada uma das taxas, que deverão voltar a descer em Novembro, depois de em Outubro se terem fixado em 3,167% a três meses, em 3,002% a seis meses e em 2,691% a 12 meses.

Os recentes cortes das taxas directoras do Banco Central Europeu (BCE) explicam a redução das Euribor, o que não representa apenas boas notícias, uma vez que esta queda também prejudica a rentabilidade de algumas poupanças.

Com o corte de Outubro, o terceiro desde Julho, o BCE colocou taxa de depósitos (depo), a que mais influencia o custo do dinheiro para famílias e empresas na zona euro, em 3,25%. A taxa das operações principais de refinanciamento caiu de 3,65% para 3,4%, e a de facilidade permanente dos 3,9% para 3,65%.

A próxima reunião do banco central sobre taxas de juro está marcado para o dia 12 de Dezembro.

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