O dia depois
É surreal considerar que a campanha de Harris foi dominada por uma agenda radical identitária, o que obscurece as catastróficas consequências ideológicas da vitória da narrativa identitária de Trump.
No dia depois, após o choque telúrico da vitória de Trump, emergiu a narrativa de que a derrota de Kamala Harris se deve a uma transformação do Partido Democrata, mais centrado nas agendas a que chamam identitárias – direitos das minorias e das mulheres, luta contra o racismo – deixando a defesa da classe trabalhadora à extrema-direita. É surreal considerar que a campanha de Harris (e a Administração Biden) foi dominada por uma agenda radical identitária, o que obscurece as catastróficas consequências ideológicas da vitória da narrativa identitária de Trump, de choque das civilizações, de uma América ameaçada pela invasão dos imigrantes e “o inimigo interno” que põe em causa a sociedade patriarcal e cristã.
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