Há algo de especial em chegar durante a noite a um lugar desconhecido. Prolonga a distância, o desconhecimento; espicaça o mistério, a sensualidade dos contornos e silhuetas que a escuridão nos veda. Como se o lugar se resguardasse, mantivesse connosco uma relação de ocultação, própria de uma intimidade que ainda não existe e que não deve ser forçada. Como num velho aforismo: “Amanhã é um novo dia; descansa e aguarda”. Sim, amanhã a luz fará o seu trabalho, simultaneamente excitante mas fatal, definitivo: diz-nos como as coisas são, clarifica-as, enfim, mapeia-as. Julgamos nós…
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