Intermediação de crédito “reduz custo do crédito à habitação”, mas também “há más práticas”

Presidente da ANICA admite que maioria dos intermediários trabalha com simulações e não com propostas pré-aprovadas, e que há bancos a pagar prémios, como viagens, mas que “não prejudicam clientes”.

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Grande maioria dos IC que actuam no mercado de crédito à habitação são vinculados, ou seja, actuam em nome dos bancos com quem têm acordos e são remunerados por estes sempre que levam para lá um crédito Rui Gaudêncio
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Em menos de uma década, verificou-se uma verdadeira “explosão” de intermediários de crédito (IC) em Portugal: já são cerca de seis mil. Trata-se de uma actividade desenvolvida por pessoas singulares ou empresas que fazem a ponte entre consumidores que precisam de crédito e quem o concede, as instituições financeiras. A “explosão” está no número de IC, com diferentes especializações, mas também no volume de crédito intermediado, que rondará os 90% no crédito ao consumo, e cerca de 70% para compra de habitação, de acordo com a estimativa, para este último segmento, da Associação Nacional de Intermediários de Crédito Autorizados (ANICA). Ou seja, apenas cerca de um em cada três créditos à habitação é "negociado" directamente entre o particular e o banco.

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