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Greve dos funcionários públicos em Portugal reduz atendimento da AIMA
Sindicato que representa servidores afirma que paralisação teve 90% de adesão, mas a principal loja da AIMA, em Lisboa, funcionou normalmente. Em Cascais, todos os serviços foram suspensos.
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A greve dos funcionários públicos, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS), realizada nesta quinta-feira (31/10), atingiu, de forma diferenciada, as várias lojas da Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
No principal posto de atendimento da AIMA, na Avenida António Augusto de Aguiar, em Lisboa, o funcionamento foi normal, sem nenhum dos trabalhadores ter aderido à greve. Já na loja no bairro dos Anjos, apenas um serviço deixou de ser realizado, o de Finanças. Como consequência, quem esteve lá não conseguiu tirar o número de identificação fiscal (NIF) nem obter declaração de endereço.
Situação diferente foi vivida na loja da AIMA em Cascais. A repartição não abriu e todos os atendimentos terão de ser reagendados.
Na avaliação do sindicato, o movimento foi um sucesso. “Só temos a percentagem a nível geral. A paralisação foi de 90%”, afirmou Matilde Pereira, secretária-geral do STTS, um dos sindicatos que disputam a representação dos funcionários públicos.
Questionada sobre a situação da AIMA, em que houve lojas que funcionaram normalmente, Matilde disse que não tinha dados pormenorizados. “Não podemos especificar cada serviço”, relatou.
Ela denunciou pressões contra o direito de greve. “Algumas entidades públicas colocaram em causa a nossa greve”, disse, exemplificando com os governos regionais dos Açores e da Madeira.
Reivindicações
Segundo Matilde, o próximo passo da luta vai ser uma nova paralisação, que deve ocorrer na segunda-feira, 4 de novembro. “Vamos nos juntar à greve da nossa federação, a FESINAP (Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos)", acrescentou.
Entre as principais reivindicações dos servidores estão a recuperação do poder de compra dos salários ante a inflação, o vale-alimentação diário de 10 euros (R$ 60), a revisão de carreiras e a reposição do tempo que não foi contado para a progressão de carreira.
Também há demandas específicas, como a criação do estatuto do pessoal de ação educativa, para funcionários da estrutura das escolas, e subsídio de risco para auxiliares operacionais e assistentes de apoio na saúde, para quem trabalha no Serviço Nacional de Saúde. Procurado pelo PÚBLICO Brasil, o Governo não se pronunciou.