Morreu André Freire, politólogo e colunista do PÚBLICO

O docente e investigador tinha 63 anos. A notícia foi avançada pela RTP.

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André Freire, politólogo e professor de Ciência Política Miguel Manso
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André Freire, politólogo e professor de Ciência Política do Iscte-IUL, morreu esta quarta-feira, 30 de Outubro, avançou a RTP. O docente e investigador tinha 63 anos.

Nasceu em 1961 e, em 1995, licenciou-se em Sociologia no Iscte-IUL. Foi pioneiro na criação dos estudos eleitorais em Portugal com base em inquéritos de opinião pós-eleitorais, em 2002 e 2005. Em 2004, concluiu o doutoramento em Ciências Sociais na Universidade de Lisboa.

O politólogo, que era director do Observatório da Democracia e da Representação Política do Iscte, tem vários estudos publicados sobre as atitudes e comportamentos dos eleitores, as instituições políticas e a representação política. Era, desde 2006, colunista do PÚBLICO, e colaborava com outros órgãos de comunicação social.

Politicamente, entrou nas primárias para se candidatar a deputado pelo Livre/Tempo de Avançar para as legislativas de 2015.

Desde 2015, assumiu o cargo de director do doutoramento em Ciência Política no Iscte-IUL. Deu aulas e apresentou conferências em várias universidades portuguesas e internacionais. Em Agosto de 2023, em entrevista ao PÚBLICO, dizia que “culturalmente” se sentia em casa “em Espanha, em França, na Escandinávia e no Quebeque”, mas não se imaginava a viver nesses sítios, “por causa do clima e/ou da luz reduzida em longos períodos”

Assinou vários manifestos e petições: Em defesa da democracia, da equidade e dos serviços públicos (2011); Compromisso à esquerda (2009); Em defesa do serviço público de televisão (2012) e outras iniciativas como o Congresso Democrático das Alternativas (2012).

Na segunda-feira, 28 de Outubro, apresentou o mais recente livro, Eleições, Partidos e Representação Política, editado pela Gradiva, na Biblioteca Municipal de Alcântara, em Lisboa.

André Freire foi operado esta terça-feira ao ombro no Hospital da Luz, em Oeiras, tendo sofrido uma paragem cardio-respitatória após a cirurgia que obrigou à sua transferência para o Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, por ser o hospital mais próximo com cuidados intensivos, onde acabou por morrer. Esta operação, que já estava programada, terá sido adiada para que, na segunda-feira, Freire pudesse apresentar o seu novo livro. Fonte hospitalar do Hospital da Luz disse ao PÚBLICO que não houve nenhuma infecção pos-cirúrgica, ao contrário do que tinha sido inicialmente divulgado pela RTP. com Lusa

Texto actualizado às 22h21 com informação do Hospital da Luz

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