Portugal vai acolher 600 refugiados, prevê acordo entre AIMA e OIM

Parceria estabelece que chegarão 300 refugiados que se encontram na Turquia e 300, no Egito. Acolhimento depende de instituições que providenciarão casa, comida, atendimento médico e formação.

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Refugiados poderão reconstruir suas vidas em Portugal Alkis Konstantinidis / Reuter
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A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) assinou nesta terça-feira (29/10) um acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM) que prevê o acolhimento de refugiados em Portugal. A parceria foi assinada por Vasco Malta, chefe de missão da OIM Portugal, e Pedro Portugal Gaspar, presidente do conselho diretivo da AIMA.

“Foi concretizada uma orientação que veio do Governo com vista à operacionalização do processo de proteção internacional e de asilo de 600 refugiados, dos quais 300 virão pela Turquia e os outros 300, via Egito. Depois, os refugiados serão naturalmente canalizados com os parceiros nacionais que dão enquadramento às questões do processo”, afirmou o presidente da AIMA.

A decisão do Governo português de receber os refugiados foi tomada numa reunião do Conselho de Ministros realizada em 24 de julho. “Depois de muitos meses de incerteza, estamos muito satisfeitos por ver que o reinício das atividades de reinstalação está para breve”, declarou Malta.

Nos últimos anos, centenas de refugiados foram acolhidos em Portugal. Uma vez no país, essas pessoas são encaminhadas para instituições de acolhimento. Entre elas, estão a Cruz Vermelha Portuguesa, o Conselho Português para os Refugiados e o Serviço Jesuíta aos Refugiados.

A necessidade de instituições de acolhimento deve-se ao fato de que não basta receber os refugiados em território português. É necessário dar um local para viver, alimentação, ensinar a língua portuguesa, dar formação para que possam entrar no mercado de trabalho e, em muitos casos, providenciar tratamentos médicos ou psicológicos. Só assim os refugiados poderão viver de forma autônoma no país.

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