Madeira: turistas passam a pagar três euros em sete percursos

A partir de Janeiro, a taxa será cobrada nos mais de 30 percursos classificados sob gestão do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza da Madeira.

Foto
Pico do Areeiro, a 1818 metros de altitude Turismo da Madeira
Ouça este artigo
00:00
02:09

O Governo da Madeira iniciou esta segunda-feira a cobrança aos não residentes de uma taxa de três euros em sete percursos pedestres classificados, uma medida que vai abranger a totalidade dos trilhos recomendados a partir de janeiro de 2025.

"Temos um processo em duas fases", explica a secretária regional da Agricultura, Pescas e Ambiente. Esta segunda-feira "começam sete e a partir de 1 de Janeiro os demais que estão classificados, sob gestão do Governo Regional, através do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza".

Rafaela Fernandes deslocou-se ao Pico do Areeiro, no maciço central montanhoso da ilha da Madeira, para assinalar a entrada em vigor da designada taxa de resíduos, cobrada a partir desta segunda a todos os turistas maiores de 12 anos.

"De salientar que nem os residentes vão pagar esta taxa, nem os operadores económicos que têm protocolo [até ao final do ano] celebrado com o Instituto das Florestas", esclareceu.

A partir de Janeiro de 2025, no entanto, apenas os residentes ficam isentos do pagamento da taxa, que será então cobrada nos mais de 30 percursos classificados sob gestão do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) da Madeira.

Para já, estão na lista a vereda do Pico do Areeiro, a vereda do Pico Ruivo, a Levada do Risco, a Levada do Caldeirão Verde, a vereda dos Balcões, a Levada do Rei e a vereda da Ponta de São Lourenço, sendo que neste percurso já era cobrada uma taxa de dois euros, agora actualizada para três euros.

Foto
A Floresta Laurissilva e a Levada do Rei Gregório Cunha

Rafaela Fernandes explicou que as verbas serão utilizadas na limpeza e manutenção dos percursos e considerou que a medida é bem aceite pelos turistas, indicando que serão aplicadas coimas até 50 euros a quem não pagar.

"Estamos, neste momento, a fazer uma diligência que envolve duas dezenas de colaborares para sensibilizarmos as pessoas neste pagamento", disse, explicando que a acção do IFCN será para já pedagógica.

O pagamento pode ser feito através da plataforma Simplifica, gerida pelo Governo Regional, ou directamente nos locais onde há postos do IFCN, havendo a possibilidade de fazer troca de percursos.

A secretária da Agricultura, Pescas e Ambiente lembrou que plataforma Simplifica é já muito utilizada por turistas para agendamento de várias actividades, como mergulho.

Para mais informações sobre os percursos, e actualizações sobre o estado dos mesmos, consulte o site do Turismo da Madeira.