Espanha abre a porta a TGV por Trás-os-Montes. Governo avança com estudo

Ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, diz que Portugal não desperdiçará oportunidade e estudará ligação entre Porto e Pueblo de Sanabria.

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Comboio de alta velocidade TGV STEPHANE MAHE / REUTERS
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Espanha "abriu a porta" a uma linha de alta velocidade por Trás-os-Montes e o Governo português já deixou claro que pretende aproveitar a vontade política mostrada pelo homólogo espanhol". A notícia é avançada este sábado pelo Jornal de Notícias (JN), que falou com o ministro-adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida.

"Esta ligação por Trás-os-Montes nunca tinha sido admitida pelo Estado espanhol. Deixa de ser uma mera ideia para ser uma possibilidade real e séria. O nosso compromisso é de estudar esta possibilidade", esclarece o responsável ao jornal diário, acrescentando que este poderá ser "o investimento mais relevante de sempre para Trás-os Montes, desencravando o Interior mais profundo do país".

O Governo português compromete-se a estudar a ligação de TGV entre Porto e Pueblo de Sanabria, de modo a servir Vila Real e Bragança, duas capitais de distrito que deixaram de ter acesso ao comboio há já várias décadas. Na cimeira ibérica em Faro, que se realizou esta semana, os autarcas mostraram a preferência de que o comboio de alta velocidade saia do país por Miranda do Douro rumo a Zamora.

Concretizando-se este plano, Bragança passará a estar a apenas 90 minutos do Porto e do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Do Porto a Madrid, a viagem demorará menos de três horas (2h45).

Castro Almeida lamenta ao JN não ter sido definido um calendário para os estudos. "Não há um prazo marcado. Está nas mãos dos dois governos começarem a trabalhar. Houve uma grande tenacidade do ministro [das Infra-estruturas] Pinto Luz que acredita nesta solução", refere.

Será ainda estudada uma outra ligação, desta feita mais a sul, de Faro com as cidades espanholas de Huelva e Sevilha. O Governo também se compromete a analisar esta alternativa. "São duas linhas colocadas ao mesmo nível. Os estudos é que vão ditar a integração", explica Castro Almeida.

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