O mapa do metro de Londres é celebrado numa nova exposição que traça a evolução do seu muito apreciado design, que inspirou sistemas de transporte em todo o mundo.
Nas estações de metro de Londres, nos comboios e nos folhetos dos passageiros, o mapa do metro continua a ser uma forma popular de planear as viagens pela capital, mesmo na era dos smartphones.
Numa sondagem realizada pela BBC em 2006, os britânicos elegeram o mapa do Tube como o segundo design britânico preferido do século XX, a seguir ao avião Concorde, e superando o avião de combate Spitfire, a World Wide Web e a cabina telefónica vermelha.
A partir de sexta-feira, a exposição Mapping the Tube: 1863-2023, na The Map House, em Londres, vai mostrar e vender mapas e cartazes raros do Tube, incluindo um manuscrito da versão de Harry Beck de 1933, que custa 75 mil libras (90 mil euros).
O design de Beck mudou a forma como as redes de transportes eram imaginadas em todo o mundo, transformando um diagrama de linhas onduladas sobrepostas em mapas geográficos em linhas rectas que permitiam aos passageiros descobrir rapidamente como se mover de estação em estação.
"O seu princípio era que, quando um passageiro estava no subsolo, não importava onde se encontrava acima do solo, desde que acabasse na estação para onde estava a tentar ir", afirmou o curador da exposição, Charles Robert.
“O seu projecto foi continuado, copiado e desenvolvido por quase todas as outras redes de transportes do mundo”, afirmou. “A sua influência é tão vasta como a de qualquer outro designer do século XX”.
No entanto, por considerá-lo demasiado radical, as autoridades de transportes da capital rejeitaram inicialmente o design prático de Beck, e só o adoptaram após um teste piloto bem sucedido.
O designer técnico quase não foi reconhecido em vida, embora actualmente os mapas do Tube dêem crédito ao seu desenho.
A exposição, que coincide com o 50.º aniversário da morte de Beck, decorre até 30 de Novembro.