Empréstimos e depósitos bancários crescem em Setembro

Crédito à habitação atinge o montante mais elevado desde Fevereiro de 2015 e depósitos com taxa de variação mais alta desde 2021.

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Crédito ao consumo, através de cartões de crédito, foi o que mais cresceu em Setembro Nuno Ferreira Santos
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O montante total de empréstimos a particulares cresceu 2,6% em Setembro, face ao mês anterior, com a componente de crédito à habitação a atingir o montante mais elevado desde Fevereiro de 2015.

De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), o stock de empréstimos para habitação aumentou 472 milhões relativamente a Agosto, totalizando 100,8 mil milhões de euros no final de Setembro. O crescimento foi de 1,7%, mantendo-se a trajectória de aceleração que se regista desde Janeiro de 2024, refere o supervisor.

Os empréstimos ao consumo e outros fins aumentaram 178 milhões de euros relativamente ao mês anterior, para 30,1 mil milhões de euros, o que corresponde a mais 5,9% face ao período homólogo, “a maior taxa de variação anual registada desde Novembro de 2018”, destaca o BdP.

Já a carteira de crédito pessoal totalizava 12,5 mil milhões de euros, mais 134 milhões do que em Agosto e um crescimento de 7,1% relativamente ao mês homólogo.

Em forte crescimento esteve também no segmento de crédito automóvel, que atingiu 8,2 mil milhões de euros, mais 84 milhões de euros do que em Agosto, e uma taxa de variação anual de 9,2%.

E, por último, os cartões de crédito, que “apesar de representarem um valor bastante inferior, na ordem dos 3,2 mil milhões de euros, registaram a maior taxa de variação anual (10,6%) destas tipologias de empréstimos”.

Depósitos crescem 8%

Em crescimento está também o montante de depósitos de particulares nos bancos residentes, que totalizaram 188,5 mil milhões de euros em Setembro, mais 136 milhões de euros do que em Agosto.

O aumento fica a dever-se ao reforço de 1,1 mil milhões de euros nos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso), acima do valor de Agosto, “que mais do que compensou a redução de mil milhões de euros das responsabilidades à vista”, destaca a instituição liderada por Mário Centeno.

“O aumento dos depósitos de particulares contribui para a aceleração da respectiva taxa de variação anual para 8%, o valor mais elevado desde Março de 2021, destaca o supervisor bancário.

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