Brasileira é única negra indicada para o prêmio Portuguese Women In Tech 2024

Entrega da distinção será em 9 de novembro, na sede da NTT Data, em Lisboa. Esta é a sétima edição do prêmio, que reconhece a contribuição feminina na área tecnológica. São nove categorias.

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Elisângela Souza trabalha pela inclusão e sustentabilidade Jair Rattner
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A empreendedora social brasileira Elisângela Souza, 51 anos, foi nomeada para o prêmio Best Community Lead do Portuguese Women in Tech Award 2024. Criadora da IDE — Social Hub, uma tecnológica dedicada a causas sociais, o trabalho dela é voltado para a inclusão, equidade, impacto social, inovação e sustentabilidade.

Esta é a sétima edição do prêmio, que abarca as principais áreas tecnológicas, com reconhecimento de mulheres inovadoras e que são agentes de mudança. Em cada categoria — patrocinada por uma empresa diferente — há cinco nomeadas.

São nove categorias: Melhor Engenheira, Melhor Gestora de Produtos, Melhor Especialista em Operações e Inovação de Negócios, Melhor Especialista em Dados, Analítica e Inteligência Artificial, Melhor Especialista em Receitas, Crescimento, Vendas e Marketing, Melhor Programadora de Experiência de Utilizador, Melhor Especialista em Experiência Comunitária, Melhor Liderança Comunitária e Melhor Especialista em Pessoas, Cultura e Talento.

A distinção foi criada em 2016 com dois objetivos: apoiar as mulheres que atuam na área tecnológica, dando visibilidade ao seu trabalho e fazendo com que tenham melhores contatos e mais oportunidades, além de estimular mais mulheres a se dedicarem a essa área, normalmente ocupada apenas por homens. O prêmio acaba por ser um estímulo ao empreendedorismo feminino.

Mulher, brasileira e negra

Em Portugal desde 2019, Elisângela era programadora cultural no Brasil, onde trabalhava na Fundação Nacional das Artes (Funarte), no Rio de Janeiro. Em Portugal, começou no setor de call center, seguindo, depois, para a área de recenseamento.

A ideia de criar um social tech (tecnologia voltada para causas sociais) surgiu após sentir que foi rejeitada numa entrevista de emprego quando a entrevistadora viu a cor da pele dela. Atualmente, a IDE — Social Hub, fundada em 2022, trabalha a inclusão a igualdade e o meio ambiente.

Já no primeiro Web Summit de Lisboa, Elisângela foi selecionada como representante do empreendedorismo social. Em 2023, ela entrou na lista das 100 mulheres mais influentes do empreendedorismo social, elaborada pela Euclid Network, rede da União Europeia que tem por objetivo criar um ecossistema para a construção de uma sociedade inclusiva, equitativa e sustentável.

A mais recente atividade do IDE foi o 2º IDE Insights e Boas Práticas, um encontro com especialistas e representantes de empresas que têm adotado políticas de inclusão e sustentabilidade. A base para esse encontro é a constatação de que, além de uma melhor tratamento aos colaboradores das empresas, a adoção dessas práticas resulta em maior rentabilidade para as empresas.

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