Israel diz que matou homem que seria próximo líder do Hezbollah

Bombardeamentos na zona sul de Beirute, no Líbano, terão matado Hashem Safieddine, primo e provável sucessor de Hassan Nasrallah.

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Imagem de um ataque de Israel em Beirute Mohamed Abd El Ghany / REUTERS
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As Forças Armadas israelitas afirmaram na terça-feira que mataram um dos principais comandantes do Hezbollah, lançado para ser o próximo líder do movimento xiita libanês, num bombardeamento na área sul de Beirute, no início do mês.

Hashem Safieddine era tido como o provável sucessor de Hassan Nasrallah, de quem era primo. Nasrallah, um dos fundadores Hezbollah e líder do grupo desde 1992 foi morto na sequência de um bombardeamento aéreo israelita na capital do Líbano, a 27 de Setembro.

Israel disse ainda que outros 25 membros do Hezbollah foram mortos durante o bombardeamento levado a cabo no início de Outubro.

O grupo xiita libanês não se pronunciou sobre informação avançada pelas Forças Armadas israelitas.

O chefe do Comando Norte das Forças Armadas israelitas também afirmou na terça-feira que os combatentes do Hezbollah foram derrotados em todas as zonas do Sul do Líbano visados pela ofensiva contra infra-estruturas do grupo xiita libanês.

Israel invadiu o Sul do Líbano no dia 1 de Outubro, numa manobra para justificada para intensificar o seu combate contra o Hezbollah, em resposta aos ataques com lançados pelo grupo islamista desde há mais de um ano perto da fronteira para o Norte do território israelita, numa demonstração de solidariedade para com a causa palestiniana.

Os ataques do Exército israelita ao Líbano durante o último ano têm um balanço provisório de mais de 2500 mortos. Israel diz que a sua estratégia de “bombardeamentos selectivos” a zonas residenciais da capital, Beirute, e outras localidades, permitiram-lhe eliminar numerosos membros do Hezbollah.

Esta quarta-feira Israel alertou os residentes de bairros de Tiro, no Sul do Líbano, para abandonarem as suas casas, perante a iminência de uma operação militar contra o Hezbollah.

"Devem sair imediatamente da zona", anunciou na rede social X (antigo Twitter) o porta-voz do Exército, Avichay Adraee, numa mensagem acompanhada de um mapa de parte da cidade. "Quem se encontrar próximo de membros do Hezbollah, instalações ou meios de combate está a colocar a vida em risco."