Terramar reafirma ambições desportivas da Cupra, mas pisca olho ao luxo

Há mais um SUV na gama da Cupra. Desta feita trata-se de um de tamanho médio, que aposta em mecânicas híbridas para extrair potência suficiente para conquistar novos fãs para a marca.

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O Terramar mantém as características da estética da Cupra, nomeadamente no capot nariz de tubarão dr
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Olhando para a gama da Cupra, poder-se-ia esperar que a aposta da marca fosse para outro tipo de carroçaria. Mas a marca de Martorell voltou a apostar no nicho que parece mais crescer na Europa, com o lançamento do Terramar, um SUV de 4,57 metros, que se junta ao adoptado Ateca, ao pioneiro Formentor e ao eléctrico Tavascan, e com os quais tem em comum os traços com que o emblema se pretende destacar: condução intuitiva de cunho desportivo, uma extensa lista de equipamento desde a versão de base e espaço a rodos.

Já disponível para encomenda, a partir de 43.218 euros, com entregas previstas para o fim do ano, o Terramar mantém as características da estética da Cupra, nomeadamente no capot nariz de tubarão, mas com um pouco de mais subtileza, o que poderá ser a resposta para conquistar clientes pouco dados a darem nas vistas. “Este SUV desportivo vai levar a mentalidade jovem e desafiadora da Cupra a um público mais amplo, expandindo a marca e atraindo novos clientes”, explicou Wayne Griffiths, CEO do emblema.

Além disso, apesar de se apresentar como um SUV desportivo, a sua condução também pode ser um pouco menos afoita que a do Formentor, o que poderá ser uma mais-valia para quem privilegia momentos descontraídos ao volante.

Ainda assim, a dinâmica de condução, explicou Alba Rollano, do departamento de Investigação de Desenvolvimento da Cupra, em conferência de imprensa, beneficia de uma suspensão desportiva, que, no caso do PHEV, chega com controlo adaptativo do chassi. Já a variante VZ tem uma calibração específica do controlo de estabilidade electrónico. Mas o que mais se destaca é a forma como se deixa conduzir facilmente. Do que o PÚBLICO conseguiu observar, abraça curvas sem dificuldade, acelera sem hesitações e trava de forma extremamente eficaz, graças ao sistema Akebono de seis pistões.

No exterior, o destaque vai para as luzes triangulares com tecnologia HD, uma estreia para a marca, enquanto no interior do habitáculo a Cupra sublinha a inclusão de um sistema de alta-fidelidade Sennheiser, com 12 altifalantes, que permite uma “experiência imersiva, com o som a ser debitado de forma distinta para cada espaço do automóvel”.

O interior exibe dois ecrãs: um, de 10,25 polegadas, para a instrumentação e outro, de 12,9 polegadas, para o sistema multimédia, sendo que sob este há atalhos para algumas das principais funções. O sistema multimédia é compatível com Apple CarPlay e Android Auto, não sendo necessário ligar o telemóvel com cabo.

Mas o que mais pode distinguir o Terramar é a sua capacidade de se transformar, mediante o que se escolhe como tema: Deep Ocean, com bancos tipo baquet em PVC e um revestimento central em tecido criado a partir de Seaqual Yarn 100% reciclado, fabricado a partir de plásticos marinhos recolhidos em praias, oceanos, estuários e mares; Moon Light, em cinza-escuro, em que os bancos Dinamica são revestidos na área central com pelo menos 73% de tecido reciclado, proveniente de plásticos PET e vestuário; e High Canyon, em Borgonha escuro, com bancos tipo baquet em couro tratado através de um processo de curtimento à base de plantas.

O Terramar está disponível, em Portugal, com duas mecânicas: uma de hibridização suave e uma híbrida de ligar à corrente. Com o 1.5 eTSI 150cv DSG, o modelo recorre à tecnologia híbrida de 48V que apoia o motor a gasolina de 1.5 litros. Já o plug-in hybrid (PHEV) disponível para configuração combina um motor a gasolina 1.5 TSI com um motor eléctrico, para uma potência de 272cv e um binário máximo de 400 Nm, números que permitem a variante reclamar uma aceleração de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e uma velocidade máxima de 215 km/h. Já a autonomia eléctrica é de 120 quilómetros, proporcionada por uma bateria de 19,7 kWh, que admite carregamentos rápidos, até 50 kW.

O bloco híbrido, associado a uma transmissão DSG de sete velocidades, pode ser configurado com nível de equipamento Terramar (desde 43.218 euros), com jantes de liga leve de 18’’, faróis dianteiros LED com assinatura, farolins traseiros LED Cupra 3D, pedais desportivos com protecção em alumínio, volante desportivo multifunções em pele, Bluetooth e carregador por indução, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e câmara traseira de ajuda ao estacionamento. O nível VZ, disponível com o PHEV de 272cv (a partir de 56.635 euros), que recorre a uma caixa automática de seis velocidades, acrescenta jantes de liga leve de 19’’, vidros traseiros escurecidos, ar condicionado automático de três zonas, cruise control adaptativo e limitador de velocidade e portão da mala eléctrico.

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