O orgasmo é subjectivo. Por isso, a Faculdade de Psicologia do Porto precisa da tua ajuda

Se tens mais de 18 anos e, no último mês, tiveste qualquer tipo de actividade sexual (sozinho ou acompanhado), é possível que possas ser uma ajuda nesta investigação.

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A Escala de Avaliação do Orgasmo foi criada nos EUA e já foi testada em Espanha IFONNX Toys/Unsplash
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A Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto está a convocar voluntários para responder a um inquérito para um estudo que investiga a experiência subjectiva que é o orgasmo. Para ajudar, só tens de ter mais de 18 anos, ter tido uma experiência sexual no último mês e já teres experienciado um orgasmo.

O inquérito faz parte da investigação para a tese de doutoramento de Catarina Nóbrega, licenciada e mestre em Psicologia. O impacto da experiência subjectiva de orgasmo no bem-estar sexual e relacional dos casais: Uma abordagem diádica transversal e longitudinal é o nome da tese de doutoramento, cuja investigação está a ser financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

O principal objectivo do estudo, que procura agora obter pelo menos 400 respostas, é "avaliar as características psicométricas do questionário", como explicou Catarina ao P3. Ou seja, perceber se o questionário consegue avaliar aquilo que se propõe a avaliar. Neste caso, trata-se de perceber a capacidade das perguntas de avaliar o impacto do orgasmo na vida sexual, relacional e geral dos indivíduos.

Em conversa com o P3, Catarina explicou que esta "Escala de Avaliação do Orgasmo" é um dos poucos instrumentos disponíveis para medir a experiência. O inquérito foi desenvolvido nos EUA e já foi adaptado para a população espanhola, mas importa agora perceber se se adequa ao contexto português.

Já na tese de mestrado, Catarina tinha optado por investigar o orgasmo, em particular o masculino. Agora, no terceiro ano do doutoramento em Sexualidade Humana, a perspectiva não mudou. "Esta parte da resposta sexual é um tema crucial para a saúde sexual e muitos estudos centram-se na frequência, mas raramente abordam a qualidade da experiência", explicou.

"Quero entender como é que o orgasmo pode impactar a vida das pessoas e o seu bem-estar", explicou ainda Catarina, que acredita que a investigação terá frutos teóricos, mas também poderá ter aplicações na prática clínica, nomeadamente ao nível do acompanhamento de disfunções orgásmicas.

O questionário tem uma duração aproximada de 30 minutos e é composto por perguntas aprovadas pela Comissão Ética da Faculdade. Se responderes ao inquérito, duas semanas depois será pedido que respondas a uma versão mais curta, para avaliar como é que o teste reage ao tempo.

A investigação conta com a colaboração do SexLab, um grupo que integra a comissão científica de Psicologia da Universidade do Porto. Este laboratório é conhecido por estudar temas relacionados com o bem-estar sexual e a saúde sexual das populações.

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