Este piloto transportou animais durante o furacão – e acabou por adoptar um

O piloto da Southwest Airlines só queria terminar o voo em segurança e voltar para a família. Mas quando conheceu Avery, gatinha de três meses, ficou convencido e levou-a com ele.

In response to Hurricanes Helene and Milton, Southwest Airlines® partnered with Greater Good Charities and Lucky Dog Animal Rescue, to operate an emergency airlift of about 150 shelter pets impacted by the storms. This emergency airlift from Myrtle Beach to Milwaukee allowed overcrowded shelters to support more displaced and injured pets from these disasters. // Photo Credit: Stephen M. Keller
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Matthew Prebish e a gatinha Avery Stephen M. Keller/ Southwest Airlines
In response to Hurricanes Helene and Milton, Southwest Airlines® partnered with Greater Good Charities and Lucky Dog Animal Rescue, to operate an emergency airlift of about 150 shelter pets impacted by the storms. This emergency airlift from Myrtle Beach to Milwaukee allowed overcrowded shelters to support more displaced and injured pets from these disasters. // Photo Credit: Stephen M. Keller
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Avery tem três meses Stephen M. Keller?
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O piloto da Southwest Airlines Matthew Prebish ofereceu-se para pilotar um avião de transporte aéreo de emergência cheio com 147 animais desalojados pelo furacão Helene e pelo furacão Milton para abrigos em Milwaukee, no estado norte-americano do Wisconsin.

Pensou que poderia ajudar os animais aterrorizados e depois voltar em segurança para o lado da mulher e do filho em Dallas.

"Nunca me passou pela cabeça que poderia voltar para casa com um animal”, afirmou. "Estava apenas a pensar na nossa segurança, no conforto dos animais e se conseguíamos trabalhar dentro do horário previsto."

Quando aterrou o avião em Milwaukee, a 12 de Outubro, o mau tempo obrigou-o a parar durante cerca de 45 minutos com toda a gente a bordo, dando a Prebish tempo para se misturar com alguns dos seus passageiros. Foi então que conheceu Avery, uma gatinha de três meses que foi resgatada de um abrigo no Leste do Tennessee.

Acariciou-lhe o pelo e ficou chocado com o pensamento que lhe veio à cabeça: “Devo levá-la para casa?”

Prebish diz que prefere cães, mas Avery pareceu-lhe ter uma "personalidade do tipo explorador". E quando ela o olhou nos olhos, ficou convencido. "Ela conquistou-me", disse Prebish.

Telefonou à mulher para lhe perguntar se não se importava de adoptar um gato e, quando ela disse que sim, voou para Dallas com Avery — para deleite do filho, Jett, de seis anos.

"Ela está a adaptar-se bem à família", disse Prebish. "Está a explorar e a correr e gosta muito de abraçar as pessoas."

Prebish já fez voos voluntários semelhantes no passado para outras instituições de solidariedade, mas esta foi a primeira vez que foi salvar animais. "Sabia que ia ser um voo divertido."

O voo de duas horas foi coordenado através de uma parceria entre a Lucky Dog Animal Rescue em Arlington, Virgínia, uma organização sem fins lucrativos chamada Greater Good Charities e a Southwest Airlines.

Os animais a bordo — 95 gatos e 52 cães — foram retirados de abrigos no Tennessee e na Florida antes da passagem dos furacões. As duas tempestades causaram mais de 275 mortos e muita destruição. O transporte aéreo de emergência foi planeado para garantir a segurança dos animais e também para libertar os abrigos locais para poderem receber animais deslocados.

"É importante esvaziar esses abrigos porque, depois do impacto de uma tempestade, há muitos animais que precisam de ajuda", disse Mirah Horowitz, fundadora e directora executiva da Lucky Dog Animal Rescue. "Se conseguirmos aliviar a pressão sobre estes abrigos, terão o espaço e os recursos para poderem cuidar de todos os animais vadios."

Horowitz e a sua equipa determinaram quais os abrigos que necessitariam de mais apoio, tendo depois coordenado o transporte dos animais — alguns de carro e outros de avião — dos abrigos do Tennessee e da Florida para o South Carolina Rescue Campus da Lucky Dog Animal Rescue, inaugurado no ano passado em Florence, na Carolina do Sul.

"Isso deu-nos uma forma de ajudar em caso de catástrofes naturais", afirmou Horowitz, referindo que a organização organiza cerca de 3000 adopções por ano.

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Mirah Horowitz a bordo com Cooper Greater Good Charities

Antes de embarcar, todos os animais foram submetidos a exames médicos e receberam as vacinas necessárias.

"É tão incrível quando se faz um destes voos", acredita Horowitz, que explicou que este foi o terceiro voo de resgate de animais organizado pela sua equipa com a Southwest Airlines. O primeiro foi em 2018, depois de o furacão Maria ter atingido Porto Rico. A colunista do Washington Post Petula Dvorak estava no voo como repórter e acabou por adoptar um dos cachorros a bordo.

Chica, uma mistura de terrier, era a sua companheira de lugar e tinha sido encontrada numa quinta abandonada durante o furacão. "Não consegui resistir à vontade de a adoptar", escreveu Dvorak num texto sobre o voo.

Prebish — que voa com a Southwest Airlines há 13 anos — teve a mesma sensação.

Em casa, Prebish tem também um golden retriever de dois anos chamado Wrigley, um labrador retriever de nove anos chamado Tahoe e outro gato chamado Smalls.

"Agora estamos em menor número, comparando animais e pessoas", afirmou. "Ela tem sido exactamente o que esperávamos. Foi sem dúvida a decisão certa."

Horowitz disse que ficou comovida quando Prebish se aproximou dela durante o voo e lhe perguntou se podia adoptar Avery.

"Ser capaz de ver este gatinho formar uma ligação tão fantástica com alguém, e fazer com que essa pessoa se apaixone tão rapidamente, foi verdadeiramente especial", afirmou. "Estava destinado a acontecer."

No rescaldo das tempestades, disse Horowitz, os grupos de ajuda a animais estão a precisar desesperadamente de apoio. As pessoas podem ajudar através de voluntariado, acolhimento, adopção e donativos.

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O resultado do voo: "Estava destinado a acontecer" Stephen M. Keller

"Há tantos animais que precisam da nossa ajuda", afirmou.

Prebish espera que a sua história inspire outros potenciais adoptantes a considerar a possibilidade de acolher um animal afectado pelas tempestades.

"Penso que temos de fazer tudo o que pudermos, quer seja pelas pessoas ou pelos animais", afirmou. "Cada pequenina coisa ajuda."


Exclusivo PÚBLICO/ The Washinton Post

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