Sporting agradece a Harder triunfo em Portimão na Taça de Portugal

“Bis” do avançado dinamarquês resolveu uma eliminatória em que os “leões” jogaram o suficiente para evitarem a aflição final.

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Sportinguista Francisco Trincão em duelo com Geovane LUIS BRANCA / LUSA
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O Sporting foi esta sexta-feira ao Algarve vencer o Portimonense (1-2), com um "bis" de Conrad Harder, garantindo o apuramento para a quarta eliminatória da Taça de Portugal numa noite morna, com domínio total dos "leões" frente ao 16.º classificado da II Liga, mas que teve um final electrizante, com os algarvios a marcarem aos 87' antes de o dinamarquês resolver a questão.

Rúben Amorim, que promoveu o “central” brasileiro de 19 anos Bruno Ramos (suplente da equipa B) a titular, deu descanso a Gyökeres e deslocou Trincão para a esquerda do ataque, onde surgiu Conrad Harder e ainda Quenda, mais à direita.

O Sporting, que desde o início se instalou de armas e bagagens no meio-campo dos algarvios, procurou pacientemente uma fenda no bloco baixo do Portimonense, composto por uma linha de cinco defesas e três médios.

Uma abordagem a que o Sporting respondeu com Nuno Santos a dar largura e a expor as debilidades defensivas do extremo Ruan, adaptado a lateral, enquanto Ricardo Esgaio tentava uma solução diferente, combinando com Quenda, mas sempre em busca de espaços interiores.

Assim, depois de aos três minutos ter avisado ao que ia, o dinamarquês não deu qualquer hipótese a Vinícius de repetir as duas intervenções salvadoras nas finalizações de Harder e de Hjulmand.

A cinco minutos do intervalo, gritou-se golo em Portimão, com Harder a finalizar uma jogada iniciada por Esgaio, com a bola a passar por Hjulmand e Trincão antes de Nuno Santos descobrir a linha de passe para o jovem nórdico.

Estava consumada a supremacia dos “leões” perante um adversário impotente e sem soluções para furar o cerco montado pelo Sporting e aproximar-se da área de Kovacevic.

Em desvantagem, o treinador Ricardo Pessoa foi compelido a chamar para o recomeço um dos "homens golo" de que abdicara no “onze” inicial, com Chico Banza a avançar para a linha da frente, ainda que sem arriscar as fichas todas, limitando-se a fazer uma troca por troca sem mexer no 5x3x2.

A entrada do agente provocador levou o Portimonense a aventurar-se mais, a ganhar dois livres perigosos e a sentir que era possível marcar, com Tamble a ficar muito perto do empate com menos de 10 minutos disputados na segunda metade.

Para arrepiar caminho, Rúben Amorim chamou Gyökeres, colocou Trincão na sua posição habitual e Catamo a acelerar na direita, abdicando de Quenda e Esgaio. De imediato, o "leão" recuperou o comando do jogo, sem, contudo, conseguir o golo que sentenciasse a partida e deixasse o Sporting a salvo de um lance de bola parada.

Aproveitou o Portimonense para sonhar e, à segunda, após ameaça de Relvas, empatou mesmo num canto que acabou com Benedict a bater a defesa "leonina" aos 87', obrigando o Sporting a acelerar para evitar o prolongamento. Valeu novamente Harder, particularmente inspirado, a resolver a eliminatória aos 90+4'.

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