Rede de lavanderia brasileira quer abrir 100 lojas em Portugal até o fim de 2025

No Brasil, a rede encerrará este ano com mais de 500 pontos de atendimento. Autosserviço tem se tornado uma tendência num mundo em que cada minuto conta. Portugal será porta de entrada para a Europa.

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Leandro Silva, dono da Lavateria, prevê a abertura de pelo menos 100 pontos em Portugal por meio de franquias Arquivo pessoal
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A vida corrida está exigindo cada vez mais praticidade por parte das famílias. Quanto mais rápido e cômodo for resolver as pendências domésticas, melhor. De olho nesse mundo em que cada minuto conta, o brasileiro Leandro Silva, 49 anos, trocou a vida de executivo em grandes empresas para apostar no próprio negócio. Tudo remonta a 2018, quando abriu uma lavanderia nos moldes tradicionais. Ali, os clientes deixavam as roupas para serem lavadas e passadas e, depois do serviço completo, levarem tudo para casa.

Mas o paulista de São José do Rio Preto não estava satisfeito, queria algo mais moderno, rápido e que os próprios clientes pudessem executar as tarefas sem grandes esforços e num tempo mínimo. Fechou, então, o negócio tradicional, que, ressalte-se, estava indo bem, para montar a primeira unidade da Lavateria, voltada para o autosserviço. Num espaço confortável, com apenas três máquinas de lavar e três de secar, ele passou a reunir uma clientela antenada com o mundo do faça você mesmo. “E deu muito certo”, diz.

Com a pandemia do novo coronavírus, em 2020, em que o planeta virou de cabeça para baixo, acelerando uma série de processo, como o home office e a explosão dos serviços por aplicativos, a procura pelo autosserviço deslanchou. Silva percebeu a oportunidade de transformar o negócio dele em franquia. Dois anos depois, a rede já tinha 300 unidades espalhadas pelo Brasil. Em 2023, eram 400. Neste ano, serão mais de 500. “Encontramos um nicho muito bom para crescer. Esse tipo de serviço é muito comum nos Estados Unidos e na Europa, mas, no Brasil, está em estágio inicial”, afirma.

Diante do forte crescimento das operações brasileiras, o paulista decidiu mirar os olhos para o outro lado do Atlântico. Avaliou tudo o que podia: tamanho do mercado, potencial de crescimento, melhores lugares para se instalar. Colocadas todas as informações na balança, pesou os prós e os contras e chegou à conclusão de que era hora de pousar em Portugal. “Em pouco tempo, abrimos, por meio de franqueados, lojas no Porto, em Portimão e Albufeira. E temos mais três muito perto de serem inauguradas”, conta. A meta é ambiciosa em solo português. O empreendedor quer fechar o próximo ano com 100 pontos da Lavateria.

Mercado promissor

Silva ressalta que, para abrir uma loja da franquia em Portugal, o custo inicial é de 35 mil euros (R$ 210 mil). “Esse valor inclui as obras para adequar toda estrutura ao estilado da Lavateria, incluindo as máquinas de lavar e de secar”, detalha. Ele garante que o sucesso da marca se deve à qualidade dos serviços de presta. “Todos os equipamentos são de alta qualidade. Além disso, os espaços das lojas são inclusivos, permite que as pessoas que estão à espera da lavagem e da secagem de roupas possam trabalhar normalmente por meio de seus computadores e telefones. Hoje em dia, facilidades como essa são fundamentais”, frisa.

Todos os franqueados da Lavateria em Portugal são brasileiros. “É um público que está disposto a empreender e quer um negócio que esteja em expansão, com potencial de retorno”, afirma. No entender dele, Portugal é um mercado maduro, mas ainda com um bom espaço para novidades voltadas à praticidade, por causa, principalmente, do turismo. Há muitos locais de hospedagem — os alojamentos locais — que não têm espaço para a lavagem de roupas.

“Um dos nossos franqueados está trocando a Inglaterra por Portugal por querer uma vida mais tranquila e um negócio promissor, com retorno do investimento entre 13 e 15 meses, para tocar”, assinala o brasileiro. A própria Lavateria abrirá, em 2025, um escritório em Lisboa para administrar sua expansão pela Europa.

Do público da empresa, 70% são homens. “Estamos falando de um tipo de atividade que não demanda esforço. A pessoa coloca as roupas na máquina para lavar e secar e, ao final, dobra tudo e leva para casa”, diz. Em média, cada ponto atende entre 60 e 70 clientes por dia. “Mas há casos em que se pode chegar a 100, 120, como ocorreu em unidades do Rio Grande do Sul, quando houve as enchentes”, relembra. Silva está em Lisboa para participar da Feira de Franchising que ocorre nesta sexta-feira e no sábado, no Pátio da Galé.

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