De Lorca a Thoreau, eis Niño de Elche com os Summrá

O ex-flamenco sempre desconfiou do jazz, mas o convite do trio galego para um concerto conjunto chegou na altura certa. O resultado deste curioso encontro mostra-se- no Theatro Circo, em Braga.

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Niño de Elche com Summrá no Festival Maré, em Santiago de Compostela Pixelín Photo
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Em muitos dos encontros de Niño de Elche com um amigo jornalista, a conversa ia parar a uma discussão sobre jazz: Niño (Francisco Molina, de seu nome) dizia que não apreciava o género, o amigo respondia-lhe, “Pois aquilo que tu fazes é jazz” e não flamenco. Talvez por isso, o músico que se diz “ex-flamenco” insistiu, nos últimos anos, na audição de discos de jazz, tentando vencer o seu assumido preconceito. E foi encontrando as suas afinidades em Nina Simone, Billie Holiday ou Keith Jarrett. Assim, quando o trio galego Summrá o contactou, há meses, para trabalharem juntos num concerto, Niño entendeu que “podia ser um bom momento” para se aventurar nessas águas. Daí nasceu o projecto estreado em Julho no Festival de Jazz Vitoria-Gasteiz, apresentado já no Festival Maré, em Santiago de Compostela, e agora chegado, esta sexta-feira, ao Theatro Circo de Braga.

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