Al Pacino diz que ser pai aos 84 anos é “divertido”, mas só fala com o filho por videochamada

Roman tem 16 meses e é fruto da relação de Al Pacino com a produtora Noor Alfallah. “Espero manter-me saudável e, claro, quero que ele saiba quem é o pai dele”, declara o actor.

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Al Pacino nos Óscares em Março deste ano REUTERS/Carlos Barria
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Foi o facto de ter sido pai aos 83 anos que motivou Al Pacino a escrever um livro de memórias, deixando uma espécie de testamento a Roman, o filho de 16 meses. “Quero estar presente para esta criança. E espero estar”, diz o actor em entrevista à BBC, a propósito do lançamento de Sonny Boyque chega a Portugal a 20 de Novembro, editado pela Presença.

Caso não tenha oportunidade de ver Roman crescer, o filho terá oportunidade de conhecer a história de vida do pai através das páginas do novo livro. “Espero manter-me saudável e, claro, quero que ele saiba quem é o pai dele”, insiste.

Até porque a experiência de ser pai aos 83 anos, conta, tem sido “divertida”. Ainda que já não esteja numa relação com a produtora Noor Alfallah, de 30 anos, a mãe do bebé, garante que ambos estão envolvidos na educação do filho. Todavia, confessa que a maioria do contacto com Roman é feito através da Internet. “Ele manda-me mensagens de vez em quando”, comenta.

Mas descreve de forma entusiasmada as interacções com o bebé: “Tudo o que ele faz é real. Tudo o que ele faz é interessante para mim. Por isso, conversamos. Eu toco harmónica com ele através do vídeo e estabelecemos este tipo de contacto.”

Além de Roman, Al Pacino tem três filhos: Julie Marie, de 34 anos, com sua ex-namorada Jan Tarrant; e os gémeos Anton e Olivia, de 23 anos, com Beverly D'Angelo, com quem namorou de 1997 a 2003. O actor nunca foi casado.

Na digressão de promoção do livro de memórias, onde partilha detalhes sobre a carreira no cinema, Al Pacino tem também contado algumas histórias sobre a sua vida privada, como um episódio de 2020 em que “quase” terá morrido de covid-19. A enfermeira responsável pelos seus cuidados deixou de sentir o pulso do actor por momentos. “Pensei que tinha experimentado a morte. Posso não o ter feito... Acho que não morri. Toda a gente pensou que eu estava morto. Como é que eu podia estar morto?”, contou. E depois confessou, com humor: “Não vi a luz branca nem nada.”

Na biografia, o actor, que nasceu em 1940, recorda ainda a infância em que foi educado por uma mãe dedicada mas mentalmente instável (o pai abandonou o lar) e pelas ruas do South Bonx, em Nova Iorque, em que um professor o empurrou para a representação. "Sonny Boy", que dá título ao livro de memórias, era a alcunha de infância que a mãe lhe chamava.

Pacino estudou no HB Studio e no Actors Studio, tendo recebido o Óscar de melhor actor pelo seu papel em Perfume de Mulher (1992). Antes, já se tinha destacado na trilogia O Padrinho (1972, 1974 e 1990) ou em Serpico (1973).

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