Ataque israelita faz quatro mortos e dezenas de feridos em acampamento hospitalar em Gaza

Bombardeamentos nas imediações do hospital Al-Aqsa provocam incêndio em tendas com deslocados. Autoridades de saúde palestinianas dizem que muitos dos feridos têm queimaduras graves.

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Israel diz que o ataque teve como alvo combatentes do Hamas escondidos entre a população civil Ramadan Abed / REUTERS
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Um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel (IDF) nas imediações do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, na região central da Faixa de Gaza, nesta segunda-feira, 14 de Outubro, matou pelo menos quatro pessoas e deixou cerca de 40 feridos, informou a Associated Press, que divulgou imagens que mostram crianças entre os feridos.

Segundo a agência noticiosa norte-americana, os bombardeamentos israelitas atingiram o pátio do edifício hospitalar, numa zona onde estão montadas várias tendas que, entre feridos que não têm lugar no sobrecarregado hospital palestiniano e deslocados de outras zonas de conflito do enclave, acolhem centenas de pessoas.

O ataque provocou um incêndio numa dessas tendas, causando queimaduras graves em pelo menos 25 pessoas, que, segundo as autoridades do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, tiveram de ser transferidas para o Hospital Nasser, na zona sul da Faixa de Gaza.

O hospital em Deir al-Balah já operava em grandes dificuldades, tratando os feridos resultantes de um outro bombardeamento, contra uma escola que funcionava como local de abrigo para dezenas de pessoas, e que matou pelo menos 20 pessoas.

As IDF disseram que levaram a cabo um ataque contra combatentes do Hamas que se escondiam entre os civis, mas não ofereceram mais pormenores sobre a operação nas imediações do hospital.

Apesar de também estarem agora focadas em combates no Hezbollah e no Líbano, a norte de Israel, as IDF continuam a lançar ataques aéreos diários contra o Hamas em Gaza, numa operação militar em resposta ao ataque do movimento islamista palestiniano de 7 de Outubro de 2023, que matou 1200 pessoas e sequestrou cerca de 140 – muitos deles ainda por libertar.

De acordo com as autoridades de saúde palestinianas, a guerra israelita na Faixa de Gaza já matou mais de 42 mil pessoas, a maioria civis, e obrigou ao deslocamento de 2,3 milhões de pessoas, que correspondem a perto de 90% da população do enclave.

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