OE2025: Confederação de reformados quer aumento de 5% do valor das pensões
Manifesto da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (Murpi) defende também medidas como a atribuição de médico e enfermeiro de família a todos os reformados.
A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (Murpi) defende um aumento do valor das pensões em 5%, num manifesto enviado à Assembleia da República em que pede também a atribuição de médico de família a todos os reformados. As medidas constam de um manifesto enviado este domingo aos deputados da Assembleia da República, com as prioridades para o Orçamento do Estado para 2025.
No que respeita às pensões, a confederação defende o aumento em 5%, num mínimo de 70 euros, e a criação de mais dois escalões para as pensões mínimas, de forma a valorizar as longas carreiras contributivas e evitando o recurso ao complemento solidário para idosos. Também o complemento solidário, atribuído aos idosos com baixos rendimentos, deverá sofrer um aumento no valor de 100 euros, propõe.
Outra das medidas defendidas no manifesto prevê a atribuição de médico e enfermeiro de família a todos os reformados, bem como a criação de critérios prioritários no acesso às consultas e tratamentos nas especialidades médicas e cirúrgicas.
Ainda no âmbito da saúde, a Murpi defende o reforço de todas as vertentes das unidades de cuidados continuados integrados e da rede de cuidados paliativos, do apoio domiciliário e meios necessários, e da rede de equipamentos e serviços de apoio a idosos.
A nível de transportes e mobilidade, o manifesto sublinha a necessidade de um passe intermodal gratuito e válido para todo o país e a reposição da protecção às pessoas idosas na renovação dos contratos de arrendamento.
Por outro lado, a confederação pede o reforço do papel da segurança social e ADSE, de forma a assegurar a fiscalização e qualidade dos lares de idosos, a gratuidade da utilização das instalações que são património da Segurança Social por parte das associações de reformados, e o alargamento a uma rede pública do financiamento da actual rede de lares geridos pelas instituições sem fins lucrativos.
É ainda defendido o reforço da comparticipação para o funcionamento dos centros de convívio, centros de dias e estruturas residenciais para idosos, e a criação de linhas de financiamento às actividades recreativas e culturais.