Rafael Riqueni, mestre da guitarra, estreia-se em Portugal pelo Festival Flamenco

Esta sexta-feira em Lisboa e sábado no Porto, o Festival Flamenco leva ao palcos do São Luiz e da Casa da Música um celebrado mestre da guitarra flamenca, Rafael Riqueni.

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Rafel Riqueni e a sua guitarra flamenca MANUEL NARANJO
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É uma estreia nos palcos portugueses, mas Rafael Riqueni e a sua fama na guitarra flamenca já correm mundo há muito tempo. Ainda em Setembro deste ano, na Bienal de Flamenco realizada em Sevilha, a actuação de Riqueni obteve dos jornais espanhóis rasgados elogios: “A herança de Riqueni tornou-se eterna no Alcázar”, escreveu o ABC; “Riqueni e a imortalidade”, sublinhou o El Mundo; “Rafael Riqueni cativa com os sons da sua guitarra o Alcázar de Sevilha”, apontou o La Vanguardia; “Rafael Riqueni, a banda sonora de uma Sevilha eterna”, declarou a Voz Del Sur.

Esta sexta-feira, num espectáculo integrado no Festival Flamenco Lisboa 2024, Rafael Riqueni actua finalmente em Portugal: no Teatro Municipal São Luiz, às 20h, com o espectáculo Herencia, título de um disco que editou em 2021 e que é, segundo se diz na folha da sala do teatro, uma “homenagem aos grandes nomes que influenciaram a sua carreira, como Sabicas, Niño Ricardo ou Manolo Sanlúcar, enquanto impregna cada nota com o seu selo pessoal, cheio de poesia e subtileza”. No dia seguinte, sábado, 13 de Outubro, será a vez da Casa da Música, no Porto, às 21h.

Como artista convidado, a primeira parte do espectáculo caberá ao cantaor Francisco Escudero “El Perrete”, que já actuara em Lisboa, em Dezembro de 2020, num recital que era para ser concerto, mas foi apanhado pelos rigores da pandemia, celebrando os 10 anos da classificação do flamenco como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO e também os 10 anos do Festival Flamenco.

Nascido em 16 de Agosto de 1962, no bairro sevilhano de Triana, começou a actuar como solista aos 12 anos, sagrando-se, aos 14, vencedor dos principais prémios de guitarra, em Córdoba e Jerez. Em disco, estreou-se em 1986 com Juego de Niños, definindo já aí aquele que viria a ser o seu estilo. Seguir-se-iam álbuns como Flamenco (1987), Mi Tiempo (1990, disco que o definitivamente o consagrou), Suite Sevilla (1993) e Alcázar de Cristal (1996). Voltaria a gravar anos mais tarde, desta vez Parque de María Luisa (2017), resultante de um concerto que apresentara ao vivo dois anos antes, no Teatro de la Maestranza, em Sevilha, e que mais uma vez o cobriu de elogios.

Depois de Herencia, lançado em 2021 (e já antes apresentado ao vivo em Sevilha, no Teatro Lope de Vega), Rafael Riqueni já gravou um álbum com a cantaora Estrella Morente (filha do genial Enrique Morente, 1942-2010), intitulado Estrella & Rafael (2023), e um outro, Versatae (2024) com versões suas de temas da música popular internacional, como Tears in heaven (de Eric Clapton), Moon River (de Henry Manciny e Johnny Mercer) ou Stairway to heaven (dos Led Zeppellin). Também em 2024 foi lançado um álbum seu, ao vivo na capital francesa, intitulado Unico (Live at La Scala Paris).

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