Os adolescentes esquecidos de Nigel Williams

A encenação de Teresa Sobral para Class Enemy coloca-nos diante de miúdos abandonados pelo sistema de ensino. Um retrato de políticas falhadas de integração social. No São Luiz.

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Seis alunos (David Esteves, Guilherme Moura, Miguel Amorim, Marco Mendonça, Tomás Barroso e Vicente Wallenstein) fora da sala de aulas tradicional no São Luiz ALIPIO PADILHA/cortesia Teatro municipal são luiz
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Teresa Sobral encena Nigel Williams em Class Enemy ALIPIO PADILHA/cortesia Teatro municipal são luiz
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Paixão, Tetas, Caga-Tacos, Alvorada, Ferro e Pito estão sozinhos numa sala da escola. Sem qualquer professor ou adulto que deles se ocupe. Mais do que sozinhos, estão esquecidos, deixados à sua (falta de) sorte. E sabem disso. Sabem que aterrorizam qualquer professor que seja destacado para tentar salvá-los do abandono escolar, que não se poupam a esforços para correr com quem quer que se lhes atravesse no caminho, que levantam a voz e o braço diante de qualquer assomo de autoridade.

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