Montenegro lança Marques Mendes para Belém: “É um dos que encaixam melhor no perfil”

O presidente do PSD admitiu que o comentador político e antigo líder social-democrata seria um dos seus favoritos na corrida das próximas eleições presidenciais, em 2026.

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Luis Montenegro admitiu que Luís Marques Mendes encaixa no perfil desejado pelo líder do PSD Paulo Pimenta
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Luís Marques Mendes é "um dos que encaixam melhor no perfil" que Luís Montenegro traçou para, como presidente do PSD, apoiar na candidatura ao cargo de Presidente da República, nas eleições de 2026. A posição foi assumida pelo primeiro-ministro em entrevista à SIC Notícias na noite desta terça-feira.

O presidente do PSD e primeiro-ministro admitiu que o antigo presidente do PSD, Luís Marques Mendes, é "um dos que encaixam melhor no perfil" que Montenegro traçou na moção estratégica que confirmou a sua reeleição enquanto líder do PSD. "Não é o único, mas é um dos que encaixam melhor", repetiu.

No final de Agosto, na Universidade de Verão do PSD, Luís Marques Mendes declarou que estava "mais próximo do que nunca" de tomar uma decisão sobre uma eventual candidatura presidencial, avisando que a sua resposta só chegaria "daqui a uns meses", mas desde logo marcando terreno. Na sua moção estratégica, Montenegro escrevia que “a tradição de aguardar as disponibilidades eventuais de militantes do partido com apetência e qualificação pessoal e política para o cargo”.

Quanto às eleições autárquicas, o também primeiro-ministro atira novidades para depois do congresso do PSD, que se realiza em Braga a 19 e 20 de Outubro e, tal como o PÚBLICO noticiou, admite que possam existir coligações com a Iniciativa Liberal, nomeadamente na Câmara de Lisboa.

Além da negociação entre o Governo e o PS para a viabilização do Orçamento do Estado para 2025, a entrevista ficou também marcada pelas perguntas sobre a política de integração de imigrantes. Com ainda mais de 400 mil pendências, o primeiro-ministro afirma que estão a ser realizados cerca de 2500 atendimentos por dia e que a sua expectativa é que esse trabalho seja terminado "em breve".

"Queremos olhar para a economia portuguesa e saber quais os sectores em que precisamos de ter reforço no curto, médio e longo prazo de recursos humanos e atrair esses recursos com duas perspectivas: com a qualificação efectiva ou atraindo estudantes estrangeiros", explicou o primeiro-ministro.

Entre as perguntas que ficaram sem resposta está a recondução de Mário Centeno como governador do Banco de Portugal, embora até admita que o ex-ministro das Finanças equacione entrar na corrida à Presidência da República.

Montenegro disse ainda que não tem ambições políticas além de São Bento. " Aquilo que estou a fazer será o meu último contributo na política. A seguir a ser primeiro-ministro, não serei mais nada na política", assegura. E faz um balanço positivo da percepção que os portugueses terão do seu Governo. "O país está a perceber o Governo que tem. Tenho essa convicção. Tenho estado na rua todas as semanas. A política também se faz de instinto. Sou um político de alto a baixo. Que sente o pulsar da sociedade", asseverou.

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