Marcelo elogia Gouveia e Melo mas recusa comentar se seria um bom sucessor a Belém

O Presidente da República saudou o almirante pelo desenvolvimento científico e tecnológico que tem impulsionado nos últimos anos na Marinha.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa com o ministro da Defesa , Nuno Melo e pelo Almirante Gouveia e Melo TIAGO PETINA / LUSA
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Marcelo Rebelo de Sousa elogiou Gouveia e Melo pelo “salto qualitativo fundamental em relação ao futuro” que impulsionou na Marinha, mas recusou comentar o potencial do almirante para lhe suceder em Belém. Sobre os diplomas em matérias de Defesa cuja promulgação foi conhecida esta quarta-feira, considerou-os “um começo”, apesar de reconhecer que pode haver quem os considere insuficientes.

Depois de assistir a um exercício com os drones da Marinha em Tróia, o Presidente da República afirmou que a “Marinha está a dar um exemplo ao país”, tendo em conta os avanços científicos e tecnológicos que tem implementado. “Um dos grandes problemas do país e da Europa é o atraso científico e tecnológico em relação aos EUA e à Ásia”, assinalou, em declarações aos jornalistas transmitidas pela SIC Notícias. “As novas tecnologias são o futuro. E a Marinha percebeu isso”, acrescentou.

Marcelo aproveitou para elogiar o almirante Gouveia e Melo pelo “salto qualitativo fundamental em relação ao futuro” que proporcionou à Marinha, e que terá sido notório durante o exercício. Questionado sobre se o almirante teria “boas características” para ser seu sucessor na Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa recusou responder. “Isso já ultrapassa a minha capacidade no quadro do exercício REPMUS [sigla de Robotic Experimentation and Prototyping Augmented by Maritime Unmanned Systems, o nome dado ao exercício com drones]”, disse antes de se afastar dos jornalistas, terminando as declarações.

Gouveia e Melo, actual Chefe do Estado-Maior da Armada,​ já foi, em diversas situações, apontado como um potencial futuro candidato a Belém nas presidenciais de 2026. Em entrevista à RTP, no início de Setembro, remeteu para o final do ano uma posição sobre uma possível candidatura. “Não incluo nem excluo a possibilidade da candidatura”, referiu, acrescentando que a sua decisão “não será condicionada por sondagens”.

E nestas, Gouveia e Melo tem-se mantido popular. Entre Fevereiro de 2023 e Agosto de 2024, só quatro nomes tiveram médias de intenções de voto em sondagens da Intercampus superiores à do almirante: António Guterres, Pedro Passos Coelho, António Costa e André Ventura. Numa sondagem do ICS/Iscte, de Setembro de 2023, na qual os inquiridos indicavam de 0 a 10 a probabilidade de voltarem em cada um dos nomes, Gouveia e Melo foi o que conseguiu melhor média (4,8), à frente de Guterres e Costa.

Apesar de já ter assumido posicionar-se num “centro pragmático”, numa entrevista ao Expresso, o próprio líder do Chega, André Ventura, chegou a enunciar o nome do almirante como um possível candidato a Belém que poderia ter o apoio do seu partido, tal como Passos Coelho.

Diplomas de Defesa promulgados

Sobre os diplomas relacionados com a Defesa, cuja promulgação foi anunciada esta quarta-feira na página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que representam “um primeiro passo”, mas sublinhou que todos são positivos quer para os antigos combatentes, quer para os efectivos que servem, actualmente, as Forças Armadas. “Dir-se-á ‘é pouco’, mas é um começo”, admitiu.

Os cinco diplomas de Defesa a que o Presidente se referia destinam-se à atribuição de benefícios de saúde aos ex-combatentes, valorização dos salários de militares, revisão dos suplementos da condição militar, revisão das condições para a atribuição do suplemento de embarque e a compensação especial por invalidez permanente ou morte.

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