Lisa Marie Presley manteve corpo do filho Benjamin em casa durante dois meses

No livro de memórias, que foi terminado pela filha Riley, a cantora diz que manteve um quarto a 12 graus para preservar o corpo, enquanto tentava decidir onde enterrar o filho.

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Benjamin Keough (à direita), em 2010, com a irmã Riley Keough, a avó, Priscilla Presley, e a mãe, Lisa Marie Presley Nikki Boertman/Reuters (arquivo)
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Quando, em 2020, Benjamin Keough morreu, aos 27 anos, Lisa Marie Presley sentiu-se destruída, como confessou num ensaio para a revista People, em Agosto de 2022. O que a cantora não disse foi que, face à “imensidão da dor”, não conseguiu, durante dois meses, enterrar o filho. E manteve o corpo de Benjamin na sua casa durante esse tempo.

A revelação, noticiada pelo New York Post, surge agora no livro de memórias de Presley, From Here to the Great Unknown (ed. Pan Macmillan), que foi terminado pela sua filha Riley e que chegou às livrarias norte-americanas nesta terça-feira (ao mercado nacional, estima-se que esteja disponível dia 15, na versão original).

Na obra, a única filha de Elvis Presley conta como foi difícil continuar a viver após a morte do filho, explicando que se agarrou à existência de Riley, de 35 anos, e das gémeas Harper e Finley Lockwood, com 16 anos. Mas também fala de como o processo foi amenizado por manter o corpo do filho na sua casa. Por um lado, explica, a despedida não foi abrupta e, por outro, deu-lhe tempo para decidir onde o devia enterrar: no Havai ou em Graceland.

“Não existe nenhuma lei no estado da Califórnia que obrigue a enterrar alguém imediatamente”, escreve Lisa Marie, que explica ter encontrado “uma dona de uma funerária muito empática”, que a ajudou.

Durante os dois meses em que coabitou com o corpo de Benjamin, preservado pelo facto de estar num quarto com a temperatura controlada, a cerca de 12 graus, Lisa Marie Presley convidou um tatuador para ir ver o corpo e se inspirar para um desenho. “Tive uma vida extremamente absurda, mas este momento está entre os cinco mais [absurdos]”, destaca Riley.

Mas foi após a realização das tatuagens que Lisa Marie decidiu ter chegado a hora de se despedir. No livro, Riley recorda de como toda a gente “sentiu a vibração” de que Benjamin queria descansar. A família organizou, então, um funeral para Benjamin em Malibu; o jovem músico acabaria por ser enterrado em Graceland, ao lado de Elvis; Lisa Marie, que morreu, em Janeiro de 2023, de causas naturais (uma paragem cardíaca causada por uma obstrução do intestino delgado), seria enterrada no mesmo local.

Benjamin Keough morreu a 12 de Julho de 2020, tendo a autópsia determinado o suicídio. A propósito, Riley escreve sobre como a saúde mental foi um desafio para o irmão, que tentava ocultar os problemas com álcool. Após a sua morte, Riley e Priscilla encontraram uma mensagem que escrevera à mãe, mas que não chegara a enviar: “Acho que há algo de errado comigo mentalmente ou algo do género. Acho que tenho um problema de saúde mental.”

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