Al Pacino revela que teve covid e que quase morreu: “Não tinha pulsação”

Actor contraiu o vírus em 2020 e, com febre e desidratado, perdeu a consciência. Enfermeira, que cuidava dele, verificou que ele “não tinha pulsação”.

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Al Pacino no momento da revelação do Óscar de melhor filme deste ano CAROLINE BREHMAN/EPA
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Al Pacino não sabe bem se morreu e regressou ou se quase morreu. Apenas que chegou a não ter pulsação e que foi reanimado pela equipa médica que se dirigiu a sua casa.

Em 2020, Al Pacino contraiu covid-19 e, com febre e desidratado, recorda-se de estar sentado na sua sala. E, depois, de já “não estar”. “Tinha desaparecido. Como diz Shakespeare em Hamlet, ‘Não mais. Ser, ou não ser.’ E então ele diz: ‘Não mais’. E já não existe mais.”

A enfermeira que cuidava de Al Pacino disse que não estava a conseguir sentir o pulso do actor e o seu assistente, Michael Quinn, contactou imediatamente as emergências.

Quando Al Pacino acordou, havia seis paramédicos e dois médicos à sua volta. “Tinham uns fatos que pareciam ser do espaço ou algo do género”, disse numa entrevista ao New York Times. “Foi um bocado chocante abrir os olhos e ver aquilo. Toda a gente estava à minha volta a dizer: ‘Ele voltou. Ele está aqui’.”

Sobre a experiência, o actor não consegue estar certo do que lhe aconteceu. “Pensei que tinha experimentado a morte. Posso não o ter feito... Acho que não morri. Toda a gente pensou que eu estava morto. Como é que eu podia estar morto?”, questiona. Porém, se o esteve, veio com a certeza de que “não há nada” depois da morte. “Não vi a luz branca nem nada”, declara.

A experiência não mudou a forma como vive, mas levou-o a alguma reflexão, diz. Afinal, observa: “Sabem como são os actores: soa bem dizer que morri uma vez. O que é que acontece quando já não há mais?”

Vencedor de um Óscar (Perfume de Mulher), um Tony (Um Inimigo do Povo) e dois Emmys (Ninguém Conhece Jack e Anjos na América), Pacino, de 84 anos, viu o seu último filme, Modi, Three Days On The Wing Of Madness, estrear no festival de cinema de San Sebastián na semana passada, tendo na calha um livro de memórias, Sonny Boy, que chega no fim deste mês.

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