FC Porto foi ao fundo buscar forças, mas o United salvou a pele de Ten Hag

“Dragões” reservaram noite vertiginosa para o 500.º jogo, que levou os portistas do inferno ao céu para acabar com a primeira vitória na Liga Europa a esfumar-se nos descontos.

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Samu bisa e opera a reviravolta no Dragão Pedro Nunes / REUTERS,Pedro Nunes / REUTERS
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Devia ter sido com uma reviravolta épica, com direito a bis de Samu Omorodion, que o FC Porto podia ter emendado, esta quinta-feira, a entrada em falso na Liga Europa - após derrota na Noruega - e o arranque comprometedor frente ao Manchester United. Mas um golo tardio de Maguire (90+1') estragou a noite do Dragão, que acabou com um empate (3-3) curto para o que os "dragões" conseguiram numa noite vertiginosa.

Onana, com um punhado de defesas, e Maguire salvaram a pele de Ten Hag e de Bruno Fernandes (expulso pelo segundo jogo consecutivo), acabando por tirar dois pontos a um FC Porto que entrou pressionante, determinado e incisivo, com Galeno e Samu como duas setas e Onana a ter que voar para evitar o golo dos “azuis e brancos” logo ao segundo minuto.

A noite prometia e o Manchester United, com quatro alterações na linha média e de ataque (em relação ao jogo com o Tottenham), parecia mentalizado para sofrer enquanto esperava uma oportunidade para visitar a área de Diogo Costa.

E, na verdade, os ingleses não precisaram de esperar muito: Bruno Fernandes recuou até perto da área para iniciar a construção sem que o FC Porto pressionasse o “capitão” dos “red devils”, permitindo a ligação com Eriksen e o passe para a arrancada de Rashford.

O extremo partiu da linha para ultrapassar João Mário e Eustáquio num movimento para o interior finalizado com remate para as redes de Diogo Costa.

Aos 7 minutos, o Manchester colocava-se na frente do marcador, acrescentando uma tonelada extra ao peso que o “dragão” trouxera na bagagem jo jogo da Noruega, colocando a pressão no máximo.

O alçapão estava aberto, mas o FC Porto ainda teve capacidade para levantar-se, sacudir o pó e voltar à carga, com João Mário a falhar (14’), de zona frontal, o golo que poderia ter reposicionado os portistas.

Só que o caminho estava prestes a revelar-se ainda mais espinhoso e o Manchester United, depois de um desvio de Zé Pedro (a rasar o poste, no limite do autogolo) — perante a ameaça de Hojlund (15’) —, ordenou ao avançado dinamarquês que tornasse ainda mais negra a noite do 500.º jogo do Dragão.

Hojlund ampliou (20’) a vantagem, após arrancada de Eriksen e cruzamento de Rashford, batendo Diogo Costa. Nehuén Pérez ainda tirou a bola da baliza, mas sem conseguir enganar o sistema automático de verificação.

Vítor Bruno precisava mais do que nunca de manter fria e no lugar a cabeça do “dragão”. Dar ao “chinelo” não bastava, até porque o Manchester United esteve mais uma vez na iminência de marcar, por Rashford.

Diogo Costa evitou o desastre, autorizando a explosão de Samu Omorodion. O espanhol impôs-se fisicamente, dominando o espaço aéreo, levando Onana a fazer defesa de recurso que Pepê capitalizou com um mergulho de peixe a reduzir a desvantagem.

Intratável, Samu partiu em busca do sexto golo em cinco jogos consecutivos, apontando de cabeça o empate (2-2) a cruzamento de João Mário. O FC Porto ressurgia, embora tivessem sido os ingleses a fechar a primeira parte por cima, com os ex-portistas Dalot e Casemiro a mostrarem-se.

No regresso, o FC Porto cerrou os dentes e passou mesmo para o comando, operando a reviravolta, com novo golo de Samu, a finalizar a arrancada de Pepê. Ten Hag estava incrédulo, apesar de um par de minutos antes já Francisco Moura ter obrigado Onana a defesa impensável, evitando um golo cantado.

A noite era totalmente dominada pela vertigem que o FC Porto procurou conter, reforçando o bloco para resguardar-se um pouco e retirar os espaços de que o United necessitava. Os bancos agitavam-se, com Ten Hag obrigado a arriscar para evitar uma posição ainda mais fragilizada em Old Trafford.

A entrada de Maguire, mais do que a dos avançados, acabaria por ser decisiva, com o central a cabecear para o 3-3 já no período de compensação, depois de o FC Porto ter estado por diversas vezes perto de marcar o quarto golo, negado por Onana.

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