Taxa de juro dos novos depósitos cai pelo oitavo mês para 2,57%

Novas aplicações caíram 8% em Agosto, face ao mês anterior, mas cresceram 53%, para 11.564 milhões, na comparação homóloga.

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Poupança das famílias confiada aos bancos tem vindo a aumentar Ricardo Lopes
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A taxa de juro média dos novos depósitos iniciou o ano em queda e assim se manteve até Agosto, ou seja, pelo oitavo mês. O recuo foi de 0,06 pontos percentuais, passando de 2,63% para 2,57%, de acordo com a informação divulgada esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Mas, no acumulado dos seis meses, a remuneração média deste tipo de aplicação já caiu 0,51 pontos percentuais face ao máximo registado em Dezembro do ano passado, praticamente igualando a taxa-base dos Certificados de Aforro, que está em 2,5%.

Mesmo com a taxa em queda, o montante dos novos depósitos continua elevado, ascendendo a 11.564 milhões de euros em Agosto, menos 995 milhões de euros, ou 8%, em relação ao mês de Julho, mas mais 53% face ao mesmo período de 2023.

Recorde-se que, em Julho, os novos depósitos atingem 12,5 mil milhões de euros, o valor mais elevado da série histórica do BdP, iniciada em 2003.

O próprio supervisor bancário destaca que, apesar da redução verificada em Agosto, mês tipicamente de férias para grande número de portugueses, “o montante de novas operações manteve-se elevado, o que resulta, em grande medida, da reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, e que atingiram a maturidade em Agosto sem renovação automática".

Por prazos, a taxa de juro média dos novos depósitos até um ano diminuiu 0,07 pontos percentuais, para 2,58%. Concentram-se nesta modalidade 97% das novas aplicações.

Em sentido contrário, a remuneração média dos novos depósitos de um a dois anos aumentou de 1,99% para 2,23%. A taxa de juro média dos novos depósitos a mais de dois anos também aumentou, de 1,97% para 2,11%.

No conjunto da zona euro, a taxa média dos novos depósitos fixou-se em 2,96%, acima do valor registado em Portugal, que se mantém como o quinto país que menos paga pelos depósitos.

Também os depósitos das empresas passaram a render ligeiramente menos, mas ainda se mantém acima dos 3%. A taxa média dos novos depósitos passou de 3,10% em Julho, para 3,07% em Agosto.

As aplicações totalizaram 5862 milhões de euros, menos 1709 milhões ou 23% que em Julho. Face a Agosto de 2023 a redução foi de 7,4%.

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