Linha SNS Grávida atendeu mais de 33 mil chamadas desde Junho

Quase 70% das grávidas triadas pela Linha SNS Grávida foram encaminhadas para um serviço de urgência. Canal de atendimento acessível através do mesmo número do SNS 24.

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Do total de triagens feitas pela linha, 4859 grávidas foram aconselhadas a ficar em autocuidados, evitando assim a deslocação a uma unidade de saúde Nuno Ferreira Santos
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A Linha SNS Grávida atendeu nos primeiros quatro meses de funcionamento 33.131 utentes, das quais quase 23 mil foram encaminhadas para um serviço de urgência, segundo os dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) partilhados com o PÚBLICO nesta terça-feira. Ou seja, mantém-se a tendência verificada logo no primeiro mês de funcionamento deste canal: quase 70% das grávidas foram encaminhadas para um serviço de urgência, tendo em conta o respectivo quadro clínico.

Em resposta escrita, os SPMS informam ainda que, entre os dias 1 de Junho e 29 de Setembro, do total de triagens feitas pela linha, 4859 grávidas foram aconselhadas a ficar em autocuidados, evitando assim a deslocação a uma unidade de saúde. Outras 4682 mulheres foram encaminhadas para os cuidados de saúde primários e 637 para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

A Linha SNS Grávida — acessível através do mesmo número do SNS 24 (808 24 24 24) — é uma medida do Plano de Emergência e de Transformação da Saúde, que começou a funcionar a 1 de Junho. Este canal de atendimento directo de grávidas pretende dar “resposta à procura de urgências de ginecologia/ obstetrícia, enquanto área em que se sentem maiores dificuldades no Serviço Nacional de Saúde”, conforme explicou a tutela quando anunciou a medida.

Desde a sua implementação que o Governo tem insistido na necessidade de as grávidas (bem como os restantes cidadãos) recorrerem ao SNS 24 antes de se dirigirem à urgência.

Importa lembrar que, com o intuito de colmatar falhas existentes nesta área, o Governo anunciou no início de Setembro que os valores pagos pelas ecografias obstétricas aos privados vão aumentar substancialmente. Como o PÚBLICO noticiou, as grávidas têm tido muitas dificuldades para fazer as ecografias do primeiro, segundo e terceiro trimestres de gestação porque os preços pagos pelo Estado nos acordos e convenções com os privados não são atractivos.

Algumas grávidas têm sido obrigadas a fazer muitos quilómetros para conseguir realizar estes exames que são fundamentais para monitorizar a evolução da gravidez. Mas agora estes valores vão subir e muito, anunciou a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, em conferência de imprensa a propósito do balanço dos três primeiros meses do Programa de Emergência e Transformação na Saúde. Por ano, a medida vai custar 3,6 milhões de euros.

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