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Espécie de caracol extinta encontrada após 40 anos na Polinésia Francesa
Um projecto global de conservação descobriu caracóis Partula tohiveana adultos nascidos na natureza na Polinésia Francesa pela primeira vez em 40 anos.
Pela primeira vez em 40 anos, foram encontrados caracóis adultos da espécie Partula tohiveana que se reproduziram na natureza. Estes caracóis ficaram quase extintos na década de 1980 e início de 1990 e, agora, graças ao trabalho árduo de conservacionistas de todo o mundo, há esperança para o pequeno animal, lê-se na BBC.
Estes caracóis ficaram quase extintos após a introdução na Polinésia Francesa de uma outra espécie de caracóis (Euglandina rosea), cujo objectivo era controlar os caracóis Lissachatina fulica – mas a espécie predadora acabou por preferir os pequenos caracóis, deixando-os quase extintos em várias partes do território. No início da década de 1990, um grupo de conservacionistas (em colaboração com mais de 15 jardins zoológicos) resgatou alguns dos caracóis ainda existentes e estudaram-nos e criaram-nos em cativeiro. Foram eles a base para reintroduzir a espécie no seu habitat.
“Numa altura em que a natureza enfrenta desafios sem precedentes, estes pequenos caracóis são um símbolo de esperança para a vida selvagem global”, afirmou Paul Pearce-Kelly, responsável pela secção de invertebrados do Zoo de Londres e dirigente do programa de conservação dos caracóis Partula, citado num comunicado do Zoo de Londres.
Segundo Pearce-Kelly, os caracóis começaram a ser reintroduzidos há cerca de dez anos: ao todo, foram mais de 30 mil caracóis da espécie Partula libertados na Polinésia Francesa. Os especialistas dizem que, agora, a espécie está bem estabelecida no seu habitat. Só este ano foram devolvidos 6000 destes caracóis à natureza, na ilha de Moorea, tendo viajado mais de 15 mil quilómetros desde os jardins zoológicos onde tinham sido criados.
Agora, os cientistas têm provas de que estes caracóis se reproduziram na ilha. Para ajudar os cientistas a seguir e estudar estes pequenos animais, os caracóis foram marcados com tinta fluorescente. Estes pequenos caracóis medem entre um a dois centímetros e alimentam-se de matéria morta de plantas e fungos. Segundo os cientistas, voltar a tê-los na natureza é mais um passo para restaurar o equilíbrio ecológico destes ecossistemas.