Galiza e José Afonso: uma história de amor lembrada no Maré

O cinquentenário do 25 de Abril foi pretexto para o festival Maré e a Galiza celebrarem um dos seus músicos mais adorados: José Afonso.

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Trio De Não Saber o que me Espera no Teatro Principal de Santiago cristina padin/ cortesia festival maré
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Faia Díaz quis apresentar um José Afonso mais diverso do que aquele que costuma ser lembrado em palco cristina padin/ cortesia festival maré
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Magnífico dueto entre Uxía e Selma Uamusse, em Menino do bairro negro cristina padin/ cortesia festival maré
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Concerto Lá no Xepangara, celebração da obra de José Afonso nos 50 anos do 25 de Abril cristina padin/ cortesia festival maré
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Da esquerda para a direita: Faia Díaz, Uxía e A Pedreira, como convidadas do concerto Lá no Xepangara cristina padin/ cortesia festival maré
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O Maré acabou em clima de festa e de esperança na resistência aos constantes ataques às liberdades colectivas. A bandeira da Palestina ao fundo do palco cristina padin/ cortesia festival maré
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José Afonso compôs Grândola, vila morena na viagem de carro de regresso da localidade alentejana, após a actuação na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, em 1964, onde actuara com Carlos Paredes. Gravou o tema nos arredores de Paris, sete anos mais tarde, no mítico estúdio Château d’Hérouville, sob a direcção musical de José Mário Branco, que imaginou o ambiente sonoro dado pelos passos dos trabalhadores regressados do campo alentejano, simulando-os de madrugada na gravilha à entrada dos estúdios. Mas foi em Santiago de Compostela que, a 10 de Maio de 1972, José Afonso interpretou o tema pela primeira vez ao vivo, num histórico concerto no Burgo das Nacións. Hoje, o local tem um mural de homenagem ao cantautor português, lembrando a intensa amizade com o músico local Benedicto García Villar, um dos principais rostos do colectivo Voces Ceibes. É uma marca visível da forte ligação que une o cantor à Galiza (onde existe inclusivamente, desde 2009, um parque público baptizado com o seu nome).

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