No Museu Lamborghini, apresenta-se a história; no Arquivo, preserva-se

São exclusivamente viaturas certificadas as que se podem apreciar no Museu Lamborghini, paredes-meias com a zona de produção, em Sant’Agata Bolognese.

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Não estando entre as várias marcas centenárias, a Lamborghini cedo percebeu que a valorização dos seus superdesportivos também dependia de cada um ter a sua história bem preservada. Nasceram, assim, os arquivos, onde são guardadas todas as informações relacionadas com cada unidade, além de fotografias, manuais técnicos e todos os detalhes que ajudam a que, hoje, consigam oferecer um serviço de certificação e também de restauro. A maioria, garantem, está digitalizada “por causa da sensibilidade do papel”, mas isso não significa que este tenha sido descartado, como nos mostram durante a visita.

A certificação, explicam-nos, passa por verificar se o carro está nas condições originais. Quando um veículo passa nos testes, recebe um certificado formal, o que potencia o aumento do seu valor, sobretudo como objecto de colecção. Mas também garante que se pode proceder a um necessário restauro, que pode passar por uma simples pintura, reposição de materiais interiores ou algo mais complicado. “Debaixo de uma pele brilhante por vezes há vários problemas a resolver”, ressalva-se. Mas, a partir do momento que a autentificação é possível, dá-se início a um processo que visa “deixar o carro tão novo quanto no momento em que acabou de ser produzido”.

O restauro, explica-se, é um projecto muito especial, em que “a metodologia é sempre a mesma, mas as acções são personalizadas e adaptadas a cada unidade”. A intervenção, estima-se, pode ir de 12 a 24 meses: “É um processo muito demorado, sobretudo quando há peças do chassis a reconstruir.” Ainda assim, ressalvam, há pouco que não consigam fazer ou substituir “graças à boa relação com fornecedores do passado, que se mantêm em funções e que conseguem dar resposta às necessidades dos clássicos”.

São exclusivamente viaturas certificadas as que se podem apreciar no Museu Lamborghini, paredes-meias com a zona de produção, em Sant'Agata Bolognese, onde se reflecte sobre as origens do emblema, o seu percurso e se adivinham caminhos futuros, não deixando de enaltecer a inovação que a Lamborghini pretende que seja seu sinónimo.

Idealizado e financiado por Tonino Lamborghini, filho do fundador Ferruccio Lamborghini, o Museu nasceu em jeito de homenagem, para celebrar o génio do criador, ainda em Ferrara. Em 2014, acabaria por ser transferido para um espaço mais amplo localizado numa antiga fábrica da Lamborghini, atraindo visitantes diariamente, entre fãs da marca, petrol-heads ou simplesmente curiosos.

No museu, conta-se a história da vida de Ferruccio, através das suas criações: do tractor Carioca, com o qual iniciou a sua primeira empresa em 1947, até aos hipercarros que fizeram da Lamborghini o que é hoje. Na colecção, marcam presença as primeiras criações visionárias, como o Miura e o Countach, até aos mais recentes Huracán Performante e Aventador SVJ ou os exclusivíssimos Centenario ou Veneno.

Para quem quer experimentar a emoção de conduzir um Lamborghini, a visita ao museu pode incluir uma passagem pelo novo simulador de condução.

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