Patric Chiha e a Fera na Selva: “Comove-me na noite o modo como os nossos códigos mudam”

Com a sua adaptação da novela de 1903 de Henry James, o austríaco Patric Chiha assina um “filme dançado”. Nocturno, elástico, hiper-romântico, à sombra de John Ford, Klaus Nomi e dos irmãos Lumière.

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Fera na Selva, de Patric Chiha, estreia-se esta quinta-feira nos cinemas portugueses AURORA-FILMS
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Podia ser o ano de Henry James nas salas de cinema portuguesas: na semana que vem, chega Mãos no Fogo, de Margarida Gil, que adapta livremente O Calafrio; há poucos meses tivemos A Besta, de Bertrand Bonello, versão livre de A Fera na Selva (1903). Esta semana, estreia-se (finalmente!) A Fera na Selva, terceira ficção longa do austríaco Patric Chiha (Viena, 1975) — uma outra adaptação da mesma novela que inspirou Bonello, esta mais próxima da estrutura original do texto. Rodadas praticamente em simultâneo e com conhecimento do outro projecto, são obras muito diferentes que partilham, contudo, uma mesma certeza, de que Henry James (1843-1916), um dos maiores escritores em língua inglesa,​ tem muito a dizer sobre os nossos dias.

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