Palcos da semana: a Vapor ou a Mil, rumo ao Futurama, ao Beast e ao Porchat
Os próximos dias trazem um evento steampunk ao Entroncamento, um festival-convenção musical a Lisboa, o cinema de Leste ao Porto, o Futurama ao Alentejo e Fábio Porchat a todo o lado.
Para o Entroncamento, a todo o Vapor
Rendido à estética steampunk e movido pela vontade de Fantasiar o Futuro, o Festival Vapor torna a instalar-se no Museu Nacional Ferroviário, com paragem em múltiplas artes e com cenários tão sugestivos como o Palco Telheiro, a Rotunda das Locomotivas ou a Carruagem Auditório.
Conferência Inferno, Linda Martini, Moonshiners, Scúru Fitchádu e Ana Lua Caiano oferecem a banda sonora. O Festival Planos contribui com curtas-metragens. A trupe Custom Circus monta Le Cabaret Rock. Um Bestiário teatral, dança em forma de Steamtopia, um concerto literário, uma feira do livro e uma Fábrica de Autómatos são outras atracções encarriladas no festival co-organizado pelo museu e a autarquia.
Mais de 50 para Mil
Não são mil, mas são muitos: mais de 50 artistas atracam em várias salas do Cais do Sodré, ao longo de três dias, para fazerem jus ao lema do Mil - Lisbon International Music Network: Descobre enquanto é segredo.
À espera de serem encontrados nesta oitava edição do festival-convenção – depois de terem sido escolhidos entre 1432 candidaturas vindas de 70 países – estão nomes como Adelaida, Alexi Shell, A Sul, Cabezadenego, Capital da Bulgária, Fidju Kitxora, Irmãs de Pau, Lisa Sereno, Luana Flores, Papisa, Rachel Reis ou Sami Galbi.
A par dos concertos, realiza-se o outro lado do Mil, a convenção que toma o pulso ao meio musical, propulsiona a cena nacional e estimula a troca de ideias (e contactos) entre músicos, programadores, agentes e outros profissionais, através de debates, conversas, oficinas, mesas-redondas, laboratórios e outros encontros.
Do Beast avista-se a Estónia
Já foi à Polónia, Ucrânia e Eslovénia, entre outros países. Na sua sétima edição, é à Estónia que o Beast - Festival Internacional de Cinema aponta o seu foco, no meio de um total de 80 filmes representativos da produção do Leste europeu.
As honras começam logo na sessão de abertura, com a projecção de “três curtas-metragens do contexto mais recente do país”, descreve a organização. São elas Sauna Day, de Anna Hints e Tushar Prakash, que têm presença confirmada no festival portuense; Heiki on the Other Side, de Katariina Aule; e Miisufy, de Liisi Grünberg. Da Estónia virá também a longa Dark Paradise, de Triin Ruumet, bem como uma retrospectiva de documentários e outras iniciativas.
À dúzia é mais Histórias do Porchat
É com uma dúzia de cidades na rota – algumas com sessões duplas – que Fábio Porchat, cujo humor tem sido recebido por cá com bastante amor (as muitas sessões esgotadas não mentem), se faz às estradas portuguesas para mais uma dose de stand-up.
Cada vez mais familiarizado com o território luso, depois de o ter palmilhado e saboreado à boleia do programa Viagem a Portugal, da RTP (com a qual está a trabalhar noutros projectos), o comediante e “porta-fundista” brasileiro vem partilhar Histórias do Porchat acumuladas em episódios inenarráveis que lhe aconteceram em viagens. Numa entrevista recente ao PÚBLICO Brasil, deixou a garantia: “Será uma metralhadora, risos a cada 10 segundos”.
Visões do Futurama
No Alentejo, é do Futurama que se fala. Ou que se canta. E dança, representa, trabalha… Há de tudo na terceira edição de um festival que se afirma, sob a direcção artística de John Romão, como “um encontro multi e interdisciplinar de imersão cultural”, situado entre “a tradição e a inovação” e sempre em estreita ligação à comunidade.
Exemplo disso é o Cantexto, um projecto que encomenda novas modas a escritores, para depois serem entregues a grupos de cante. Desta vez, saem da pena de Rui Cardoso Martins, Alice Neto de Sousa, Afonso Reis Cabral, Maria do Rosário Pedreira, Margarida Vale de Gato e Luís Costa Gomes, para serem musicados por Celina da Piedade e Ana Santos.
Filipa Francisco e Nuno Cintrão a perguntarem Para Onde Vamos?, Joana Craveiro com o seu teatro documental, Os Espacialistas em interacção com alunos da Alsud, o concerto de Tânia Carvalho com Rocío Guzmán, Miguel Pereira a coreografar e dançar uma peça em torno da demência da mãe e um workshop orientado por Piny são outras expressões deste Futurama.